Zac Komur, diretor executivo da junior companie australiana, Equinox Resources, listada na bolsa de Sydney (ASX:EQN), está Brasil para acompanhar o início dos trabalhos de pesquisa mineral da empresa no país. A Equinox adquiriu áreas com grande potencial na Bahia, Minas Gerais e no Pará, onde pretende desenvolver projetos de terras raras e nióbio, essenciais para transição energética.
O executivo esteve em Brasília para apresentar a Equinox às autoridades brasileiras e o audacioso programa prospecção mineral que a empresa vai desenvolver em suas áreas nos próximos meses, onde vai investir R$ 10 milhões para iniciar suas operações no país.
Komur participou de reunião no Ministério de Minas e Energia, com o diretor de Produção Mineral, Rodrigo Costa. Também esteve na Agência Nacional de Mineração (ANM), acompanhado da sua equipe técnica, onde foi recebido pelo diretor geral da agência Mauro Sousa e o diretor Roger Cabral. O executivo se encontrou ainda com o deputado federal, Zé Silva, que preside a Frente Parlamentar da Mineração Sustentável.
Komur explicou às autoridades brasileiras que além do potencial mineral do país, a segurança jurídica e infraestrutura foram fatores importantes para decisão da empresa em investir no Brasil. Ele destacou que a visão estratégica da Equinox é investir em ativos com potencial para descobrir e fornecer recursos naturais com compromisso ambiental, criando valor duradouro para acionistas, clientes e comunidades.
“A Equinox possui expertise para desbloquear valor de seus ativos, agilizando o caminho desde os estudos até à produção, ao mesmo tempo que priorizamos consistentemente a extração sustentável e eficiente,” ressaltou Komur.
PROJETOS CAMPO GRANDE REE
Na Bahia, na região de Jequié, Equinox adquiriu uma área de 1.755,2 km², com um potencial ser um dos maiores depósitos de elementos de terras raras (REE) do mundo em rocha dura, areia monazita e argila iônica, batizado de Campo Grande, onde a empresa inicia na próxima semana os trabalhos de prospecção para delimitar o tamanho do depósito mineral que pode transformar a região em um player mundial produtor de REE.
“Os principais alvos de exploração foram identificados através de estudos geofísicos regionais, que ajudaram a orientar o planeamento da campanha de perfuração,” disse o executivo.
PROJETO MATA DA CORDA REE – BRASIL
Komur apresentou também projeto Mata da Corda, que cobre uma área de 847,2 km² e está situado na região REE da Província Ígnea do Alto Paranaíba de Patos de Minas (MG), onde será realizada uma campanha de amostragem para definir os alvos de perfuração.
PROJETO CANASTRA NIOBIO
E o projeto de nióbio Canastra, que abrange área de 606,2 km², situado na Província Ígnea do Alto Paranaíba, rica em nióbio, entre Araxá e Patrocínio também em Minas Gerais.
“O domínio do Brasil no mercado global de nióbio é atribuído principalmente às suas formações geológicas únicas, especialmente na Província Ígnea do Alto Paranaíba (APIP), que atualmente responde por mais de 95% da produção global de nióbio e abriga depósitos significativos de nióbio como os encontrados em Araxá e Catalão”, disse o executivo, explicando a decisão da empresa em diversificar seus ativos no Brasil, em províncias minerais reconhecidas internacionalmente.
Komur contou também que além dos projetos apresentados no Brasil, a Equinox possui ativos de ferro e lítio na Austrália. No canada está desenvolvendo dois projetos de lítio. “Ficar parado não é uma opção para nós. Navegamos pelo cenário dinâmico do nosso setor com agilidade e entusiasmo. Persistimos em meio aos desafios, não apenas para cumprir metas, mas para criar e garantir valor duradouro”, disse Komur.
Rodrigo Cota, diretor de Produção Mineral, do Ministério de Minas e Energia disse que o Brasil está aberto a investimentos de empresas de alta performance como a Equinox e convidou a empresa para inscrever seus projetos no programa federal de minerais estratégicos, onde o governo apoia empreendimentos de mineração com potencial para geração de empregos e desenvolvimento regional.
Roger Cabral diretor da ANM, disse que a agência tem todo interesse que os projetos na Equinox no Brasil possam rapidamente apresentar resultados e desbloquear valor para os acionistas e também para as comunidades do entorno do empreendimento. E que o papel da agência é apoiar projetos de mineração, como o da Equinox no país.
O deputado Zé Silva agradeceu a visita de Komur e ressaltou que a Frente Parlamentar da Mineração tem atuado para transformar a mineração numa atividade reconhecida pela sociedade como importante para o desenvolvimento econômico e social do país. Ele convidou Komur para se reunir com parlamentares da Bahia e Minas Gerais para que conhecerem os planos da Equinox no Brasil.
Nas reuniões em Brasília, o diretor executivo da Equinox estava acompanhado do gerente de exploração da empresa no Brasil Luciano Bruno Oliveira; do diretor da Ígnea Geologia e Meio Ambiente, Giancarlo Silva; e Daniel Pires, gerente executivo da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM).
Foto em destaque: Registro do encontro com representantes do Ministério de Minas e Energia em Brasília