O orgulho pelas tradições e raízes marcam as vidas de Cledinaldo Oliveira e Sara Quaresma. Naturais do Boa Vista, primeiro território quilombola do município de Oriximiná titulado no Brasil, eles valorizam suas histórias e a superação de desafios. Também compartilham do mesmo pensamento: a educação tem o poder de transformar. Ambos abraçaram as oportunidades conferidas pelos programas de Apoio ao Ensino Básico (PAEB) e de Apoio ao Ensino Superior (PAES), conduzidos pela MRN, mineradora de bauxita localizada em Porto Trombetas, oeste do Pará.
Cledinaldo Oliveira, torneiro mecânico de 45 anos, sempre sonhou em dar a melhor educação para o filho Clemerson, de 15 anos. Desde que voltou a viver na comunidade, após muitos anos fora, incentiva o filho nos estudos. “Hoje ele faz o 1º ano do Ensino Médio no colégio onde eu também estudei, há muitos anos. Ele tem todo o incentivo da empresa, suporte com matérias, alimentação, além do meu apoio e da minha esposa Ordélia, para construir uma carreira, que é nosso sonho”, diz.
O desejo pelos estudos e pela construção de uma carreira vem desde a infância, e surgiu com uma paixão pela escola, segundo Sara Quaresma (Foto), analista de Relações Comunitárias da MRN, de 30 anos. Sara atravessava o rio de canoa e remo, e seguia para escola em busca de conhecimento. Ela ganhou bolsa de estudo do PAES. “Desde pequena, acreditava que a educação poderia me proporcionar um futuro melhor e lutei por isso. Depois de formada em Engenharia Florestal, tive a oportunidade de me inscrever no Programa Trainee da MRN e passei na seleção”, lembra.
A MRN realiza o PAEB desde 1997, promovendo a educação com foco na melhoria da qualidade de vida das comunidades. O programa atende as comunidades Boa Vista (Ensino Fundamental II e Médio) e Alto Trombetas II (Ensino Médio). Com investimento anual de mais de R$ 2,5 milhões, 490 alunos já foram beneficiados desde o início do programa.
Já o PAES, criado em 2000, oferece suporte financeiro a moradores da comunidade Boa Vista e, desde 2020, a jovens que residem em comunidades do Alto Trombetas II, e ingressaram em curso superior para manter os estudos em outras cidades. O investimento anual no PAES é de R$ 338 mil e já beneficiou 72 bolsistas em cursos presenciais e à distância.
Foto: MRN/Divulgação