A Atlas Lithium anunciou que sua planta modular de processamento de lítio por separação de mídia densa (DMS) está pronta para ser transportada da África do Sul para o Brasil. Dos componentes da planta, recém-construída e já totalmente paga, 10 estruturas de maior porte serão embarcadas a granel, enquanto as demais peças serão acondicionadas em 141 contêineres. O transporte para o porto foi realizado em 20 de janeiro de 2025 e a partida do navio fretado está prevista para o dia 31 de janeiro próximo.
A instalação de processamento de última geração será a primeira de seu tipo no Brasil e agrega vários benefícios operacionais e ambientais. “Nossa planta modular de DMS é uma prova do comprometimento da Atlas Lithium com inovação, eficiência e sustentabilidade”, diz Eduardo Queiroz, diretor de Gerenciamento de Projetos (PMO) e vice-presidente de Engenharia da empresa. “Ao combinar design de ponta com responsabilidade ambiental, estamos definindo padrões da indústria para desempenho operacional e práticas ecologicamente corretas à medida que avançamos em direção à produção”, complementa o executivo.
Marc Fogassa, CEO da Atlas Lithium, lembra que o gasto de capital (CAPEX) de uma empresa de mineração para produção é um dos seus maiores fatores de risco. “No nosso caso, diminuímos esse risco substancialmente, pois nossa planta de DMS está totalmente paga e titulada para a Atlas Lithium, o que é uma vantagem significativa de nosso empreendimento”, explica.
Recursos otimizados
A planta DMS modular incorpora várias inovações de design em relação a instalações de processamento tradicionais. Entre elas:
– Design compacto: altura, peso e pegada física reduzidos para instalação e operação eficientes;
– Eficiência hídrica: sistemas avançados de reciclagem ampliam o reuso da água de processo;
– Logística simplificada: construção modular simplifica o transporte, a instalação e o comissionamento;
– Sustentabilidade ambiental: o empilhamento a seco de rejeitos elimina a necessidade de barragens de rejeitos, reduzindo os riscos ambientais.
“Estamos entusiasmados em trazer este design inovador para o Brasil, que representa uma nova fronteira promissora para a produção de lítio”, afirma James Schloffer, especialista em processamento de lítio e membro do Comitê de Operações da Atlas Lithium. Segundo ele, o concentrado de lítio brasileiro é altamente competitivo, em nível global, devido à sua qualidade superior e baixos custos de produção o que, somado à planta DMS de última geração, permitirá a entrega, pela empresa, de um produto sustentável e de alta qualidade ao mercado.
O Projeto Neves, da Atlas Lithium, dedicado à produção de lítio de rocha dura, é o mais adiantado de seu portfólio, tendo recebido a Licença de Instalação do governo de Minas Gerais em outubro de 2024. A empresa possui, ainda, direitos minerais de lítio em outros 539 quilômetros de propriedades no estado e também detém uma participação acionária de 32,7% na Atlas Critical Minerals, antiga Jupiter Gold, com direitos minerais para a exploração de terras raras, cobre, grafite, níquel, minério de ferro, ouro e quartzito.