ARTIGO: UMA VISÃO ESTRATÉGICA DO COBRE

ARTIGO: UMA VISÃO ESTRATÉGICA DO COBRE

Por Mathias Heider1, David Fonseca Siqueira e Ângelo dos Santos

  1. Introdução

O cobre está entrelaçado com a história do progresso da humanidade, com amplo uso na vida moderna (vide item 2 deste artigo). As projeções indicam um cenário de enorme descompasso entre oferta e procura, cuja lacuna deve se elevar na mesma proporção em que a demanda por veículos elétricos e energia renovável se expandir. Essa pressão é cada vez maior à medida que os Estados Unidos, a União Europeia e vários outros países anunciaram metas de emissões líquidas zero até 2050 (Acordo Climático de Paris).

De acordo com o relatório “The Future of Copper” da S&P Global , estima-se que a procura pelo cobre duplique até 2035 e continue a crescer. Para a consultoria McKinsey, a demanda de cobre poderá atingir 36,6 milhões de toneladas em 2031, enquanto a produção poderá chegar a cerca de 30 milhões de toneladas, deixando uma lacuna de 6,5 milhões de toneladas. Isso representa enorme pressão ao longo de toda cadeia produtiva do cobre.  No cenário de elevado déficit, diversas estimativas para cotação do cobre variam da ordem de US$ 10 mil a US$ 15 mil a tonelada. A transição energética depende, ainda, de outras cadeias produtivas (cobalto, grafita, níquel, manganês e vários metais de terras raras), igualmente pressionadas e que também podem se transformar em gargalos pela falta de fornecimento.

Em todas as cadeias produtivas acima citadas, houve subinvestimento desde a etapa de pesquisa mineral a novos projetos. As mineradoras estão preferindo prolongar a vida útil das minas existentes reduzindo o teor de corte econômico ou expandindo projetos. Exaustão das minas, depósitos menores e mais profundos, declínio de teor, licenciamento mais complexo, demandas regulatórias, foco na sustentabilidade, prazos para colocar novos projetos em operação e conflitos com comunidades e outros stakeholders são desafios para atender a demanda do mercado. A reposição e crescimento das reservas do cobre também é cada vez mais crítica.

Segundo a S&P Global, dos 224 depósitos de cobre encontrados entre 1990 e 2019, apenas 16 foram descobertos na última década.  Cabe destacar que muitos dos atuais projetos de minas já estão com acordos de fornecimento em vigor para a China, Coréia do Sul e Japão, em especial, representando maior vulnerabilidade para as economias ocidentais.

  1. Usos do cobre

O cobre é necessário para gerar, transmitir e distribuir a energia devido à sua baixa resistividade elétrica, alta condutividade, maleabilidade, resistência a corrosão e durabilidade. Por isso, tem múltiplas utilizações em diferentes áreas:

Telecomunicações: cabos, geradores, internet e telefonia, fibra ótica e sistemas wireless;

Transportes: motores, veículos elétricos (VEs), peças de automóveis, navios, aviões e trens;

Construção:  ar condicionado, tubos de água e gás, fiação;

Metalurgia: ligas diversas (bronze, latão etc);

Indústria/Infraestrutura: máquinas industriais, redes de energia;

Agricultura: fungicidas e desinfetantes (sais de cobre, como os oxicloretos); e

Energia: redes de transmissão, estações de carregamento de energia para VEs, armazenamento de energia e energias solar e eólica.

A China é o maior consumidor mundial de cobre e suas políticas “Made in China 2025” e “China Standards 2035” incluem gastos de US$ 1,4 trilhão em programas de uso e infraestrutura com forte uso de cobre, investimentos no aumento da sua capacidade de produção de veículos elétricos, além de projetos de mineração de cobre e aquisição de concentrados (semelhante ao modelo adotado no lítio e outros minerais críticos) no exterior. Além disso, investe fortemente na expansão do seu parque de refino de cobre. A crise imobiliária, redução do PIB (Produto Interno Bruto) e recessão mundial podem reduzir a sua demanda por cobre.

 

  1. Produção mundial de Cobre primário e refinado

A produção mundial de cobre primário atingiu, em 2022, 22 milhões de toneladas, enquanto a de cobre refinado foi de 26 milhões de toneladas, atendida também pelo cobre reciclado. Em 1995, a produção de cobre primário mundial atingiu 9,8 Mt, 16,2 Mt em 2010 e 20 Mt em 2020. A produção de cobre do Chile vem caindo desde 2018, quando atingiu 5,83 milhões de toneladas, e 5,2 milhões de toneladas em 2022.

Tabela-Mercado107
Tabela 01: Produção mundial de cobre primário e refinado – Fonte: USGS

As maiores mineradoras de cobre mundiais são: Codelco, BHP, Glencore, Freeport-McMoRan, Southern Copper, Rio Tinto, Anglo American, Jiangxi Copper, First Quantum Minerals, Lundin Mining, Antofagasta, KGHM Polska Miedz, Teck Resources e Hudbay Minerals.

Em 2022, a produção brasileira total de cobre contido foi da ordem de 300 mil toneladas. A produção de cobre da Vale diminuiu 15% em 2022, totalizando 253 mil toneladas (considerando as suas operações no Canadá), devido à manutenção prolongada no moinho da mina de Sossego (PA), no primeiro semestre de 2022, e à manutenção adicional necessária na mesma mina e na de Salobo (PA). Em 2023, a produção de cobre da Vale atingiu 327 mil toneladas.

As mineradoras atualmente aproveitam minérios com até 0,5% de cobre, um quarto do teor de um século atrás. O plano de mina (estudos de viabilidade econômica) define o “teor de corte – cut off”, que é o teor mínimo necessário para viabilizar a extração a um determinado preço. Quando os preços do metal sobem, é possível “baixar o teor de corte” e ainda lucrar. Várias grandes minas de cobre exauriram seu minério em cavas abertas e estão indo para a lavra subterrânea (com custo de produção e implementação mais elevado). Citamos a mina Oyu Tolgoi (Rio Tinto), na Mongólia, Chuquicamata, no Chile (Codelco) e Grasberg, na Indonésia (Freeport).

Grafico01-Mercado107
Gráfico 01: redução dos teores médios lavrados de cobre – Fonte: Blomberg

A Codelco, mineradora estatal do Chile, produziu 1,842 milhão de toneladas de cobre refinado em 2017, declinando até 2022 para 1,44 milhão de toneladas.  A produção da Codelco, no primeiro semestre de 2023, foi de 633 mil toneladas de cobre, a menor em 25 anos. A Codelco perdeu o posto de maior produtora mundial de cobre para a Freeport-McMoRan, além de ter seus custos de produção aumentados por problemas geotécnicos e falta de água.

Para manter suas minas produtivas serão necessários elevados investimentos, impactando em seu maior endividamento, atualmente em torno de U$ 18 bilhões. Também houve a necessidade de investir US$ 1 bilhão na primeira usina de dessalinização de água, além de outras, para atender determinados projetos. A Mina de Esperanza (Antofagasta), também no Chile, foi uma das pioneiras na dessalinização. Até 2022, o setor privado chileno previa que seriam realizados investimentos da ordem de US$ 10 bilhões em 16 novos projetos de unidades dessalinizadoras de água, que exigem a implementação de aquedutos para as minas.

Em 2023, o projeto Cobre Panamá, da First Quantum, localizado no Panamá, enfrentou diversos protestos da população e foi suspenso por decisão judicial. Dessa forma, houve redução do superávit mundial previsto pelo Grupo Internacional de Estudos do Cobre (ICGS), considerando também impactos no Chile e países na África por questões climáticas.

As condições climáticas desfavoráveis, conflitos pelo uso da água e da terra, resistência de comunidades e intensificação das questões trabalhistas impactam na oferta e custos de produção do cobre, além da elevação do nível de riscos geológico, de mercado, ambiental etc (vide artigo “Riscos  e desafios do Setor Mineral Brasileiro” em https://www.inthemine.com.br/site/desafios-e-riscos-do-setor-mineral-brasileiro/ ). A mina de cobre Quellavecco, no Peru, utiliza água vulcânica imprópria para consumo e compartilha parte dela, após tratamento adequado, com a comunidade.

A iminente escassez de cobre e futura valorização das cotações do metal estimulou fusões e aquisições no setor. Entre elas, a tentativa hostil não finalizada de aquisição da Teck Resources pela Glencore com a oferta de US$ 23 bilhões em 2023. A Vale, Freeport e Anglo American também avaliaram essa operação. Em 2021 a Rio Tinto assumiu o controle total de Turquoise Hill Resources por US$ 3,2 bilhões. A BHP adquiriu em 2022 a Oz Minerals (com projetos de cobre/ouro no Brasil), por cerca de US$ 9,63 bilhões. A Newmont adquiriu a Newcrest por cerca de US$ 19,5 bilhões em 2023, posicionando-se como a maior mineradora de ouro do mundo (com produção de cobre). A Chinesa MMG adquiriu a Cuprous Capital, em 2023, com operação em Botsuana, por US$1,9 bilhão. Em 2023, a Vale criou a Vale Base Metals (VBM) para agregar seus ativos metálicos não ferrosos, como níquel, cobre e respectivos subprodutos (ouro, prata, platina etc). A Saudi Arabian Mining (Manara Minerals), joint venture da Maaden e fundos soberanos sauditas, adquiriu 13% da VBM por cerca de US$ 3,4 bilhões.

O reaproveitamento de rejeitos e pilhas de minérios marginais, novas tecnologias como a biolixiviação, a reciclagem e projetos em áreas de maior risco (político, geológico, infraestrutura etc) e/ou em regiões mais inóspitas podem, por sua vez, elevar a oferta de cobre.

  1. China

 Em 2022, a China produziu 24% do cobre primário global e 42% do cobre refinado mundial, após adotar a estratégia de aquisição de minas e participações em empresas mineiras estrangeiras. De acordo com a S&P Global, a China está envolvida em 52 projetos de cobre primário na África e Europa. Além disso, tem contratos de compra (offtake) com diversas mineradoras. O Chile e o Peru representam 55% das importações chinesas de concentrados de cobre. A exemplo de diversos minerais críticos, a China investiu fortemente em toda a cadeia produtiva do cobre, visando seu amplo domínio, o que representa enorme vulnerabilidade e risco geopolítico para as economias ocidentais. Com iniciativas como a Lei de Redução da Inflação, os EUA estão tentando reduzir a dependência global da China, à medida que aumenta a competição estratégica entre as duas nações.

A China tem ambições de se estabelecer como líder na produção de veículos elétricos até 2025, como parte da sua iniciativa “Made in China 2025”, que visa produzir bens de maior valor/tecnologia agregada, o que tem implicações para os minerais críticos (incluindo o cobre). O país deve adicionar 2,6 milhões de toneladas de capacidade de refino nos próximos cinco anos, acarretando o fechamento de refinadoras de cobre em diversos países.

Grafico02-Mercado107
Gráfico 02: Percentual de refino mundial de cobre- Fonte: World Copper Factbook 2022
  1. Cotação do Cobre

Após forte alta do cobre na década de 2000, acompanhando as demais commodities, houve o declínio generalizado dos preços devido à crise do subprime em 2008/09. O preço do cobre caiu novamente entre 2011 e 2017, com sinais de abrandamento da economia chinesa. Esse período coincidiu com o forte boom da oferta de cobre de países como a República Democrática do Congo e o Peru. Em março de 2022, os preços do cobre atingiram seu máximo histórico (US$ 10.845/tonelada) devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia além do enfraquecimento do dólar. O mercado esperava que os preços do cobre permanecessem mais elevados, ainda em razão da guerra no leste europeu, mas os receios de recessão mundial impactaram em sua demanda. Segundo análises, os preços atuais “não refletem totalmente a antecipação de choques de oferta e demanda no futuro”.

Em 2023, os preços do cobre foram em grande parte voláteis devido a fatores macroeconómicos, receios de recessão global, dólar americano mais elevado e liquidação em massa na Bolsa de Metais de Londres. Economistas utilizam frequentemente o cobre como indicador da atividade econômica global e seu preço é o resultado da complexa interação entre as cadeias de abastecimento globais e os setores transformadores.

 

Grafico03-Mercado107

Os cinco principais impulsionadores do preço do cobre são:

– oferta/demanda; 

– taxas de câmbio;

– perspectivas e condições econômicas globais;

– instabilidade política e disputas comerciais; e

– sentimento do mercado.

Existem ainda outros fatores, a saber:

– Dados econômicos da China – crescimento do PIB, estímulos à indústria e construção civil, taxa de urbanização, estoques de cobre no país, taxa interna de juros e subsídios;

– Problemas de abastecimento – estoques mundiais e na China, além de greves nas principais minas;

– Geopolítica – guerra na Ucrânia, disputa comercial EUA-China, agitação política na América Latina e nacionalismo dos recursos minerais (taxas, cotas, restrições de exportações, nacionalização de minas e empresas etc) na América Latina e África. Das 20 milhões de toneladas de cobre produzidas em 2020, mais da metade provinha de países classificados como “instáveis” ou “extremamente instáveis”. Estudo recente apontou 34 países que registaram aumento significativo no risco de nacionalismo de recursos durante o ano de 2022;

– Economias emergentes – Índia (cujo consumo per capita de cobre deve se elevar de 0,5 kg para 1 kg até 2025 com a urbanização);

– Reciclagem/Economia circular – reaproveitamento de rejeitos e cobre reciclado;

– Substituições – uso alternativo do alumínio;

– Menor intensidade de uso do cobre – tecnologias de VEs, reduzindo a necessidade de cobre;

– Estoques e fatores especulativos: estoques no Mundo e na China, disponibilidade de cobre para entrega imediata (mercado spot), fundos financeiros etc; e

– Novas tecnologias: quando a indústria do cobre introduziu a lixiviação em pilha (SX-EW), na década de 1980/90, permitiu a extração de cobre de depósitos de óxido de baixo teor, elevando a oferta, sem necessidade de fundição e refino. Atualmente, existem testes para a biolixiviação visando aproveitar minério de baixo teor.

 

  1. Visão e Desafios

 A visão desejada são cadeias de fornecimento domésticas críticas de minerais e materiais confiáveis, resilientes, acessíveis, diversas, sustentáveis ​​e seguras, que apoiam a transição para energia limpa e a descarbonização, ao mesmo tempo em que promovem soluções seguras, sustentáveis, econômicas e ambientalmente justas para atender necessidades atuais e futuras.

Desafios:

– Altos custos energéticos e operacionais: a indústria do cobre consome muita energia nas operações de mineração, processamento e refino. A flutuação dos preços da energia pode impactar os custos de produção e a lucratividade dessa cadeia produtiva. Além disso, os custos operacionais, incluindo mão de obra, equipamentos e despesas de manutenção, podem influenciar a competitividade dos produtores de cobre;

– Sustentabilidade/Agenda ESG: metas climáticas, relação com as comunidades, combate à mineração ilegal; ambiente sem acidentes e seguro etc.;

– Relação com as Comunidades e Licença Social Para Operar (LSO): entender os impactos de cada projeto e minimizar impactos negativos, tendo transparência com a sociedade. Mitigação dos conflitos pelo uso da água e da terra;

– Fornecimento responsável e origem legal: uso de blockchain (rastreabilidade) e combate à extração ilegal;

– Entendimento dos impactos das mudanças climáticas nas operações mineiras e contexto atual;

– Economia circular/ reaproveitamento de rejeitos;

– Custo Brasil: reduzir impactos ao longo da cadeia produtiva do cobre;

– Agregação na cadeia de valor: manutenção/viabilização da metalurgia em países exportadores de cobre, reduzindo a concentração na China;

– Boas práticas da mineração: disseminação nas demais mineradoras;

– Descarbonização: energia renovável e frota elétrica (VEs);

– Melhorias regulatórias: prazos, simplificação de procedimentos, normatização, etc.;

– Identificação e aproveitamento de novos recursos e reservas minerais;

– Entendimento da complexidade relacionada ao setor mineral e do mercado; e

– Entendimento da capacidade de oferta de cobre no mercado.

  1. Conclusões

O cobre emergiu fortemente como elemento vital para a economia moderna. Seu uso e disponibilidade estão diretamente ligados ao cumprimento das metas de emissão de carbono e da capacidade de atender à demanda de mercado. Em todos os cenários avaliados, o mercado global de concentrado de cobre e refinado terá um déficit futuro acentuado. A tendência é de enorme valorização ou de ajuste no crescimento da demanda (oferta insuficiente de cobre, substituição, menor intensidade de uso, novas tecnologias etc.).

Os modelos de precificação do cobre serão pesadamente impactados. Afinal, qual é o preço de algo de que o mundo inteiro precisa, mas não tem? Qual será o limite do valor do cobre? É preciso entender os impactos da estratégia de domínio das cadeias de minérios críticos, hoje amplamente controlada pela China, que tem várias vantagens competitivas. As economias ocidentais enfrentam sério risco de ficar vulneráveis e fragilizadas.

Estima-se que a demanda por cobre relacionada às atividades de transição energética – energia limpa e transporte eletrificado, e a infraestrutura que as suporta, crescerá cerca de 4% ao ano até 2040. A lacuna crônica entre a oferta e a demanda mundial de cobre projetada terá sérias consequências em toda a economia global e afetará o cronograma de obtenção de emissões líquidas zero até 2050.

A complexidade da mineração e seu encadeamento nas cadeias produtivas é cada vez mais impactante e subavaliada. A gestão dos stakeholders e as governanças privada e pública são cada vez mais relevantes e surgem ainda como um diferencial para novos projetos de cobre.

Referências:
https://vale.com/pt/relatorio-de-producao-4t22/-/categories/64940

https://elements.visualcapitalist.com/why-copper-is-a-critical-mineral/

https://mineralsmakelife.org/blog/the-importance-of-copper-for-modern-life/

https://www.britannica.com/science/copper/Principal-compounds

https://www.thinmetalsales.com/blog/why-copper-is-one-of-the-most-important-metals/

https://elements.visualcapitalist.com/why-copper-is-a-critical-mineral/

History and uses of copper

https://copper.org/education/copper-is/

https://capital.com/why-copper-is-the-metal-of-the-future

https://www.daytradetheworld.com/trading-blog/the-importance-of-copper-as-economic-indicator/

https://www.investopedia.com/terms/c/copper.asp

https://mineralsmakelife.org/blog/copper-plays-a-critical-role-in-our-industrial-world/

https://copperalliance.org/resource/study-shows-copper-industry-delivers-multiple-benefits-to-communities/

https://copper.org/education/copper-is/

https://www.moneyweb.co.za/financial-advisor-views/five-reasons-why-copper-is-considered-an-economic-leading-indicator/

https://medium.com/cryptal-global/copper-prices-driving-factors-and-economic-implications-bbadbdb135a2

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10627441/

https://www.hinrichfoundation.com/research/article/tech/rising-copper-prices-sign-of-economic-recovery-or-market-distortion/

https://www.icicidirect.com/ilearn/currency-commodity/articles/impact-of-economic-slowdown-fears-on-copper-prices

https://medium.com/cryptal-global/relationship-between-copper-prices-and-global-economic-conditions-aeb03c38b945

https://link.springer.com/article/10.1007/s13563-023-00412-z

https://www.institutionalinvestor.com/article/2bsx99hlrl11kvuvlmwow/innovation/the-importance-of-copper-in-chinas-economy

https://www.cmegroup.com/education/featured-reports/the-economics-of-copper-demand-supply-and-options.html

https://www.precedenceresearch.com/copper-market

https://www.databridgemarketresearch.com/reports/global-copper-market

https://dipasanatani.com/2021/12/23/commodity-spotlight-the-fundamental-importance-of-copper-for-world-economic-growth/

https://investingnews.com/daily/resource-investing/base-metals-investing/copper-investing/when-will-copper-go-up/

https://www.scsegusp.com/single-post/o-mundo-vai-precisar-de-mais-10-milh%C3%B5es-de-toneladas-de-cobre-para-atender-%C3%A0-demanda

https://www.iom3.org/resource/copper-s-essential-role-in-low-carbon-economy.html

https://www.miningnewsnorth.com/story/2022/02/11/editorial/coppers-vital-role-in-low-carbon-economy/7246.html

https://pepperstone.com/en-au/market-analysis/trading-guides/factors-influencing-copper-price/

https://seekingalpha.com/article/4538001-copper-economic-indicator

https://www.acumenresearchandconsulting.com/copper-market

https://cdn.ihsmarkit.com/www/pdf/0722/The-Future-of-Copper_Full-Report_14July2022.pdf

https://markets.businessinsider.com/commodities/copper-price

https://www.sandstoneam.com/insight/copper-and-the-green-economy

https://www.mining.com/the-global-copper-market-is-entering-an-age-of-extremely-large-deficits/

https://www.washingtonexaminer.com/news/business/2070550/copper-prices-seen-as-economic-barometer-for-centuries-give-recession-warning/

https://www.thebusinessresearchcompany.com/report/copper-global-market-report

https://www.statista.com/statistics/673494/monthly-prices-for-copper-worldwide/

https://www.cavicel.com/copper-prices/

https://www.ft.com/content/c3da84fd-efe2-4487-accb-511a8104ee3e

https://investingnews.com/daily/resource-investing/base-metals-investing/copper-investing/when-will-copper-go-up/

https://investingnews.com/daily/resource-investing/base-metals-investing/copper-investing/top-copper-producing-companies/

https://investingnews.com/copper-supply-major-projects-watch/

https://investingnews.com/daily/resource-investing/base-metals-investing/copper-investing/peak-copper/

https://www.spglobal.com/marketintelligence/en/news-insights/research/copper-cbs-september-2023-robust-china-demand-countered-by-stronger-supply

https://www.reuters.com/markets/commodities/copper-supply-rethink-smelter-treatment-charges-fall-2023-11-23/

https://mineralsmakelife.org/blog/the-importance-of-copper-for-modern-life/

https://www.britannica.com/science/copper/Principal-compounds

https://www.thinmetalsales.com/blog/why-copper-is-one-of-the-most-important-metals/

https://elements.visualcapitalist.com/why-copper-is-a-critical-mineral/

https://stockhead.com.au/resources/bioleaching-to-boost-copper-output-at-anaxs-whim-creek-project/

https://envolverde.com.br/arquivo/terramerica-agua-do-mar-para-mineracao/

https://copper.org/education/copper-is/

https://insights.issgovernance.com/posts/copper-or-robber-supply-risks-and-esg-issues/

https://www.bnnbloomberg.ca/the-world-s-copper-supply-is-suddenly-looking-scarce-1.2010183

https://www.pmcapital.com.au/insight/copper-supply-recent-developments

https://www.bnamericas.com/pt/feature/maior-producao-de-cobre-no-chile-sera-insuficiente-para-atender-a-demanda-global#:~:text=O%20Chile%20continua%20sendo%20o,mil%20para%20284%20mil%20t%3B

https://www.metso.com/insights/blog/mining-and-metals/trends-and-forecasts-within-the-copper-market/

https://aheadoftheherd.com/who-owns-the-worlds-future-copper-supply/

https://www.mdpi.com/2079-9276/5/4/36

https://www.bnamericas.com/pt/analise/codelco-ve-motivos-para-otimismo-apesar-da-divida-elevada-e-da-menor-producao

https://www.poder360.com.br/energia/vale-vende-13-da-unidade-de-metais-basicos-por-us-34-bilhoes/

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.