Durante cerimônia realizada dia 25 de abril no All Park Polo Empresarial, localizado em Aparecida de Goiânia, em Goiás, a Aclara apresentou sua planta piloto a aproximadamente 50 convidados, entre autoridades e representantes de instituições no Estado, entre os quais o Vice-Governador Daniel Vilela.
A inauguração das novas instalações, apesar de temporárias, consolida a presença da companhia no país e marca o início de testes em escala semi-industrial, essenciais para o futuro do Projeto Carina, que fica em Nova Roma, no nordeste goiano.
A Aclara investiu mais de R$ 30 milhões em sua planta piloto, que terá o objetivo de processar 250 toneladas de argilas iônicas extraídas do Projeto Carina para produzir um concentrado de terras raras com mais de 95% de pureza.
“Estamos entusiasmados com a inauguração das novas instalações. Este é um marco importante para a Aclara e nossa equipe. A operação da planta piloto será um componente chave na busca pela melhoria da recuperação metalúrgica das argilas iônicas provenientes do Projeto Carina, nas quais encontramos elementos terras raras, entre os quais Neodímio, Praseodímio, Disprósio e Térbio. A Aclara tem potencial para fornecer terras raras pesadas suficientes para produzir 5 milhões de carros elétricos por ano”, enfatiza Murilo Nagato, Diretor-Geral da Aclara no Brasil.
Com o início da operação na planta piloto, estão previstas atividades relacionadas ao processamento em escala semi-industrial para verificar a compatibilidade da tecnologia patenteada, intitulada Colheita Mineral Circular, com as argilas iônicas do Projeto Carina, produção de amostras de carbonatos de terras raras pesadas para fins comerciais e otimização do fluxograma de processamento.
A atuação da Aclara é pautada pelo conceito de mineração climaticamente inteligente e traz inovações por meio de seu processo que:
Não utiliza explosivos e não tritura;
Não moe e não produz nenhum resíduo líquido;
Não necessita de barragem de rejeitos;
Reutiliza 95% da água utilizada no processo;
Retorna as argilas para as cavas; e
Recupera 99% do principal reagente, que é um fertilizante natural.
Durante o evento, José Palma, Vice-Presidente Executivo da Aclara, ressaltou: “O objetivo da Aclara é se tornar um produtor ocidental sustentável de terras raras pesadas, aplicando práticas da mineração verde, para facilitar a transição para um planeta mais limpo e descarbonizado. Afinal, são elementos essenciais para a produção de ímãs permanentes, utilizados na produção de veículos elétricos, turbinas eólicas, robótica e tecnologias correlatas.”
Durante o seu funcionamento, a planta piloto gerará cerca de 80 empregos entre diretos e indiretos.
Quem é a Aclara Resources
A Aclara Resources Inc. (TSX: ARA), uma empresa listada na Bolsa de Valores de Toronto, está focada na construção de uma cadeia de suprimentos verticalmente integrada para ligas de terras raras utilizadas em ímãs permanentes.
Essa estratégia é apoiada pelo desenvolvimento de recursos minerais de terras raras hospedados em depósitos de argila iônica, que contêm altas concentrações das escassas terras raras pesadas, proporcionando à empresa uma fonte confiável e de longo prazo desses materiais essenciais.
O portfólio de desenvolvimento de recursos minerais de terras raras da empresa inclui o Projeto Carina, no Estado de Goiás, no Brasil, como seu principal ativo, e o Módulo Penco, na região de Biobío, no Chile. Ambos os projetos utilizam a tecnologia patenteada da Aclara, denominada Colheita Mineral Circular (CMC), que oferece um processo de extração sustentável e com eficiência energética para terras raras em depósitos de argila iônica.
O processo CMC foi projetado para minimizar o consumo de água e o impacto ambiental com base em princípios de reciclagem e economia circular.
Por meio de sua subsidiária, a Aclara Technologies Inc., a empresa está aprimorando ainda mais o valor de seus produtos com o desenvolvimento de uma planta de separação de terras raras nos Estados Unidos.
Essa instalação processará carbonatos mistos de terras raras provenientes dos projetos de recursos minerais da Aclara, separando-os em óxidos de terras raras individuais e puros.
Além disso, a Aclara, por meio de uma joint venture com a CAP, está aprimorando sua capacidade de fabricação de ligas para converter esses óxidos refinados nas ligas necessárias para a fabricação de ímãs permanentes. Essa parceria alavanca a vasta experiência da CAP em refino de metais e aços ferroligados especiais.
Além do Projeto Carina e do Módulo Penco, a Aclara está comprometida em expandir seu portfólio de recursos minerais, explorando oportunidades greenfield e desenvolvendo ainda mais projetos dentro de suas concessões existentes no Brasil, Chile e Peru, com o objetivo de aumentar a produção futura de terras raras pesadas.