A EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE BARRAGENS DE REJEITO SERÁ DEBATIDA NO 9º CBMINA

A EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE BARRAGENS DE REJEITO SERÁ DEBATIDA NO 9º CBMINA

Barragens de rejeitos são estruturas complexas e dinâmicas. Os desafios para gerir esses reservatórios serão amplamente debatidos ao longo da programação da 9º edição do Congresso Brasileiro de Minas a Céu Aberto e Minas Subterrâneas (CBMINA). O evento é promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em parceria com o Departamento de Engenharia de Minas da Universidade (DENIM) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e será realizado entre os dias 1º e 3 de agosto em Belo Horizonte (MG).

Para Rafael Jabur, diretor de Gestão de Barragens e Resíduos da Yamana Gold, o grande desafio é entender os riscos e dedicar recursos adequados para estruturar o gerenciamento das barragens de acordo com as normas de segurança. Desde a promulgação da lei 12.334, que instituiu a política nacional de segurança de barragens em 2010, nota-se um movimento ascendente no País no que se refere a essa temática. “O Brasil possui legislação especifica para barragens e, em muitos casos, mais restritiva e completa quando comparada com outros países do mundo”, disse Rafael Jabur.

Do ponto de vista de gestão, ele acredita que as empresas têm se estruturado melhor nos últimos anos, tanto para a gestão dos riscos associados, como também para poder lidar com as exigências e requisitos da própria legislação brasileira. “Como muitas empresas que operam no Brasil são multinacionais, elas acabam por aplicar aqui os padrões exigidos em outros países”, afirma Rafael Jabur.

Jabur explica ainda que a cada dia o Brasil está mais alinhado com a maioria dos países com tradição em mineração. “Depois do acidente de Fundão se notou um movimento global em busca da análise crítica do setor e aplicação de melhores práticas na gestão de rejeitos”.

Para ele, um novo acidente em barragem de rejeito seria muito ruim para a indústria mineral. “A formatação de sistemas de segurança nas empresas com estruturas de gestão profissional e especializada é algo que deverá ser comum na maioria das empresas. Em um curto espaço de tempo, a área de disposição de rejeitos irá sofrer um movimento semelhante àquele vivenciado pela área de meio ambiente e segurança do trabalho no passado, que deixaram de ser áreas de apoio para serem áreas estratégicas do negócio e ligadas à alta gestão. Indicadores de segurança de depósitos de rejeitos passarão a permear cada vez mais as discussões a nível de governança das empresas de mineração como um item estratégico para os proprietários”, avalia Rafael.

Palestrante no CBMINA, Jabur acredita que a Academia é um parceiro muito importante especialmente em desenvolvimento de tecnologia e preparação de mão de obra.

Para ele, essa é uma relação que pode contribuir muito para melhorar o setor mineral nacional. “Não há nada melhor que compartilhar conhecimentos para desenvolver um futuro mais ambicioso e responsável. Um evento como o CBMINA propicia esse encontro de ideias e alinhamentos de expectativas dentro do próprio setor. É importante e fundamental que haja um entendimento entre todos os envolvidos: as empresas, a Academia e os órgãos reguladores”, diz Rafael Jabur.

Os interessados em participar do evento devem fazer a inscrição pelo site no evento (http://portaldamineracao.com.br/cbmina/). Grupo de estudantes têm direito a descontos especiais.

CBMINA

Local: Auditório da Escola de Engenharia da UFMG – Avenida Presidente Antônio Carlos, 6627 – Pampulha (MG)

Data: 1º a 3 de agosto de 2018

Mais informações e inscrições: http://portaldamineracao.com.br/cbmina/

 

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