Um bom teste para o novo governo federal é desembaraçar o processo de expansão da MRN (Mineração Rio do Norte). A expansão, na verdade, é uma reposição de reservas de bauxita, previstas para se esgotarem em 2023 – garantindo a continuidade das operações para os 20 anos seguintes. O investimento previsto é da ordem de R$ 6,8 bilhões, com geração de 2 mil empregos e arrecadação de impostos de R$ 475 milhões no decorrer das obras – em grande parte infraestrutura local. Ocorre que as futuras regiões de extração – os platôs da Zona Central e Oeste – incluem terras reivindicadas por comunidades quilombolas. O IBAMA autorizou em março a MRN a fazer os estudos para viabilizar a licença ambiental, mas o Ministério Público Federal recomendou em 1 de setembro a suspensão das autorizações até a realização de uma consulta pública.