RUA PARACATU
Estivemos de mudança por estes tempos e o tal do acaso me levou a um novo edifício localizado em uma rua chamada Paracatu. Mal tive tempo de abrir minhas caixas e, atendendo a um convite da Kinross Gold Corporation, tomo o primeiro avião rumo a uma Paracatu bem distante aqui do arraial da avenida Paulista. A verdadeira Paracatu, diga-se de passagem, fundada em 1789 por um alvará de Dona Maria – que nós locais, não sei bem porque, em todas as ocasiões, insistimos em tachar de louca. Afinal, era de metal sonante que se tratava. E agora também. A Rio Paracatu Mine-ração (RPM), que ameaçara fechar as portas em 2003, vive agora um novo apogeu, com projeto em curso para passar a produzir 15 t de ouro a partir de 2008 e com uma sobrevida de pelo menos mais 30 anos.
Do Pará, nossos correspondentes ouviram prefeitos e autoridades estaduais com o objetivo de apurar, junto a representantes da comunidade, qual o real impacto social e econômico da mineração em um estado que se tornou nos últimos anos em escala supranacional realmente uma nova fronteira para a atividade. Enquanto isso, em Belo Horizonte, a reportagem cobria um oportuno seminário, reunindo empresários, executivos e especialistas para avaliar o Código de Mineração, que completa neste ano 40 anos de vigência.
São esses temas que colocamos em mãos dos leitores nesta edição de IN THE MINE, junto com um encarte especial sobre segurança em trabalhos de movimentação e içamento de cargas, feito por iniciativa do Instituto Brasil-Canadá de treinamento de opera-dores (IBC). Somados, entre outras, a uma entrevista com Juarez de Oliveira Rabello, ele também um “quarentão” (de MBR) que, de passagem por São Paulo, nos deu o prazer de sua visita, atraído, quem sabe, pelo novo logradouro: rua Paracatu.
Wilson Bigarelli – editor@inthemine.com.br
(Março/abril 2007)
