Uma solução sustentável, que aproveita a operação dos transportadores de correias para otimizar os recursos energéticos da mineradora. Essa é a proposta da Imepel, líder no mercado brasileiro de roletes para esse sistema de transporte de minério, com o lançamento de um modelo capaz de gerar energia elétrica quando em operação. “Uma mineradora de grande porte geralmente possui muitos quilômetros de correias e percebemos que seus roletes poderiam ser utilizados para esse propósito”, diz Cristiano de Souza Marcello, coordenador de comércio exterior da Imepel.
A tecnologia, patenteada pela empresa, foi apresentada em primeira mão durante a Exposibram 2015 (Exposição Internacional de Mineração). Segundo o especialista, ela foi desenvolvida para atender usuários do exterior, cujas minas encontram dificuldade para abastecimento de energia em projetos de ampliação de capacidade, mas também se aplica a operações no Brasil, que também sentem os reflexos da escassez energética.
Marcello evita detalhar a capacidade de geração do sistema, bem como os investimentos necessários e o tempo de pay back para projetos desse tipo, pois tais parâmetros estão relacionados a fatores como o perfil do transportador, seu regime de operação, bem como o balanço energético da mina e o que o usuário pretende fazer com a energia gerada. “Isto requer um estudo detalhado para cada caso, mas a tecnologia vem despertando a atenção das empresas”, diz ele.
Mesmo assim, para exemplificar o potencial do sistema, ele explica que um transportador conta, em média, com um cavalete a cada metro de extensão, com três roletes cada um, o que totaliza 3.000 unidades por quilômetro, girando a uma média de até 500 rpm. “Se conectarmos esses roletes a painéis elétricos, é possível iluminar áreas em torno do transportador ou outros pontos da mina.”
Segundo Marcello, a Imepel produz mensalmente mais de 40 mil unidades de roletes para correias transportadoras, para atendimento apenas ao mercado brasileiros, sem considerar as exportações. “Fornecemos tanto para mineradoras quanto em regime O&M, bem como projetos de movimentação de materiais em portos, agronegócios e outros”, ele conclui.