A Vale está desenvolvendo um grandioso projeto de readequação para Itabiritos, em Minas Gerais. Com investimentos de U$5,5 bilhões na construção e adaptação de usinas de beneficiamento, a empresa conseguirá, num futuro breve, reaproveitar o minério de ferro de baixo teor, guardado em pilhas nos últimos 40 anos. O investimento nas tecnologias de processamento possibilitará aumentar o atual volume de produção e estender a vida útil das minas Vargem Grande, em Nova Lima (MG), Conceição e Cauê, ambas em Itabira (MG). A estimativa é de que as obras tenham sido concluídas no início de 2016.
O projeto vai adicionar 65 Mtpa à produção nominal da Vale. Do total, 26 milhões representam aumento real de capacidade. “O Projeto Itabiritos é muito importante para a Vale no atual cenário de mercado, em que a qualidade do produto e o aumento da produtividade são fundamentais”, comenta o diretor de Projetos de Ferrosos Sudeste, Carlos Miana.
Consiste em beneficiar minérios pobres, com até 40% de teor de ferro, e alta presença de contaminantes (sílica e fósforo), os chamados itabiritos compactos, oriundos da área atual de lavra e de pilhas de estoque. Nestas pilhas, estão guardados ainda minérios ultrafinos de alto teor, com tamanho menor que 1 mm. No processo, o minério pobre é fragmentado em partículas superfinas e misturado aos ultrafinos da pilha. Depois, ambos são concentrados, gerando pellet feed e, em alguns casos, sinter feed, com teor de até 69% de ferro e baixa presença de sílica.
As plantas de Conceição Itabiritos I, em funcionamento há dois anos, e Vargem Grande Itabiritos, cujo start-up ocorreu no segundo semestre de 2014, já contribuíram para que a Vale conseguisse operar pela primeira vez em sua história com custo de produção do minério de ferro entregue no porto abaixo de US$ 20/t – alcançou US$ 19,8/t no primeiro trimestre de 2015. A planta de Conceição Itabiritos II iniciou sua operação agora em junho e Cauê Itabiritos terá seu start-up até o final deste ano.
