A partir do próximo ano, a Volvo Construction Equipment planeja iniciar a comercialização no Brasil e nos demais países da América Latina dos caminhões fora de estrada incorporados a sua linha com a aquisição desse negócio da Terex. O presidente da empresa, Afrânio Chueire, diz que atualmente sua equipe trabalha na readequação dos equipamentos, para seu reposicionamento no mercado. “São modificações pontuais, como a adoção de cabines ROPS/FOPS, protegidas contra tombamentos ou quedas de rocha”, ele afirma.
Segundo Chueire, o foco será voltado aos caminhões rígidos de até 100 toneladas de capacidade, mas ele não revela qual será a estratégia para os modelos articulados remanescentes da linha Terex, segmento no qual a Volvo Construction lidera o mercado com uma família própria, fabricada na unidade de Pederneiras (SP). As opções da empresa são de descontinuar a linha de caminhões articulados Terex ou de manter essa família como uma segunda opção de marca, como ela já faz ao disponibilizar as carregadeiras Volvo e SDLG.
O executivo não dá pistas da estratégia a ser adotada, mas destaca que a empresa quer se posicionar como detentora de marcas complementares, que atendem diferentes necessidades dos usuários. “O certo é que o mercado perceberá nossa tradicional estrutura de peças e de suporte pós-venda aos equipamentos”, ele afirma. A Volvo CE adquiriu a linha de caminhões fora de estrada da Terex em dezembro de 2013, em uma transação avaliada em US$ 160 milhões na época.
Outra novidade reservada pelo grupo é a nacionalização dos motores industriais da Volvo Penta, também a partir do próximo ano. O primeiro modelo produzido no país será um motor de 13 litros, o D13, indicado para aplicação em grupos geradores. “Além de atender o segmento náutico, onde somos líderes, a linha também se aplica à geração de energia em mineração, agronegócio e projetos de infraestrutura, com modelos de cinco a 16 litros e potências que variam de 100 HP a 700 HP”, diz Gabriel Barsalini, vice-presidente da Volvo Penta South America.