A técnica da biohidrometalurgia pode ter um importante papel nos âmbitos econômico e ambiental no futuro do Brasil. Sendo um dos maiores produtores de lixo eletrônico no mundo, a técnica pode fazer com que microorganismos consigam retirar os metais existentes nas placas de fibra de vidro, presentes nos materiais eletrônicos. Pode auxiliar na retirada de ouro e cobre, por exemplo.
É uma ótima notícia, especialmente para a família de Oswaldo Garcia Junior, antigo professor da Universidade do Estado de São Paulo (UNESP/Araraquara), que faleceu há poucos anos. Ele foi um dos precursores e o líder de pesquisa das aplicações dos processos biohidrometalúrgicos no País.
Oswaldo Jr. estudou e descobriu duas espécies de bactérias mineradoras: Acidithiobacillus ferrooxidans e Acidithiobacillus thiooxidans. A recuperação dos metais pelas bactérias mineradoras não requer muitos recursos e tem baixo gasto energético, não emitindo gases para a atmosfera. A única questão é que cada tipo de minério precisa de uma diferente forma para sua recuperação.