O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolveu uma tecnologia para recuperar áreas contaminadas por hexaclorociclohexano, conhecido como HCH. O projeto-piloto finalizado consiste num sistema móvel, que procura reduzir os impactos ambientais causados por substâncias tóxicas. No caso, por exemplo, do HCH, trata-se de um organoclorado que era utilizado na composição de inseticidas até 1985.

A realização do projeto aconteceu em Santo André (SP), onde havia sido autorizada a instalação de um aterro municipal. No local, havia cerca de 30 mil toneladas de solo contendo HCH. Para tratamento, foram levadas em conta cinco formas de reduzir os problemas dos passivos ambientais: tratamento químico por oxidação ou solubilização, nanorremediação, biorremediação, dessorção térmica e fitorremediação.

Uma Unidade Móvel do IPT foi equipada com uma ferramenta capaz de qualificar e quantificar certos contaminantes. Segundo a pesquisadora do IPT Giulliana Mondelli, o equipamento permite a caracterização do perfil do subsolo. “Com a ferramenta, podemos utilizar uma sonda que aquece o solo em até 120ºC, volatilizando os contaminantes e detectando sua presença em tempo real”.

A partir deste trabalho, o IPT desenvolveu um Sistema Móvel de Tratamento de Poluentes, destinado à injeção de oxidantes e redutores no solo e águas contaminadas. O método teve patente requerida pelo IPT junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).