O projeto MIP 70 – Metallurgical Improvement Project 70 – é uma iniciativa desenvolvida pela Mosaic com o objetivo de ampliar a recuperação metalúrgica média do fosfato extraído das rochas, de 60% para 70%. Essa possibilidade considera que parte do fosfato contido no minério lavrado e retirado das minas é descartado com rejeitos no processo de beneficiamento, deixando de ser utilizado na produção de fertilizantes.
Em desenvolvimento nos complexos de Catalão (GO) e Tapira (MG) da empresa, a inovação envolve a melhoria dos processos metalúrgicos existentes, com a implantação de novas rotas operacionais e a aquisição de equipamentos. Essas ações permitem aumentar a eficiência da recuperação de fosfato, reduzindo o descarte de minério e também os impactos ambientais das operações.
A criação e implementação do MIP 70 são resultado de um trabalho multidisciplinar, com a atuação conjunta de diversas áreas da Mosaic. Segundo Lilian Costa, gerente sênior de P&D Mineral (Pesquisa e Desenvolvimento Mineral) da empresa, engenheiros de Processos identificaram as oportunidades de melhoria nas operações existentes, enquanto a equipe de P&D buscou soluções técnicas para otimizar a recuperação do fosfato. Já a área de Operação direcionou os esforços para onde o projeto poderá gerar mais benefícios. Por sua vez, a área de Projetos garante a execução das iniciativas, enquanto a área de Transformação é responsável por gerenciar as mudanças necessárias para implementar as novas práticas. Há ainda a equipe de Manutenção, que apoia a implantação das mudanças.
O projeto sofreu ajustes, em relação à sua formatação original e ao longo de sua implantação, visto que as tecnologias inicialmente avaliadas foram substituídas por outras, que poderiam gerar resultados mais satisfatórios. Não foram feitas adequações na infraestrutura das minas, mas ficou clara a necessidade de que os funcionários estivessem devidamente capacitados para operar os novos sistemas e seguir os novos procedimentos. “Durante a implementação da Fase 1 do MIP 70 foi feito um alinhamento e a preparação das equipes envolvidas nas operações, garantindo que os funcionários estivessem prontos para operar as novas tecnologias de forma eficiente e segura, maximizando seus benefícios com uma tomada de decisão mais assertiva”, explica Lilian.
O projeto já possibilitou que a empresa recuperasse mais de 15 mil toneladas anuais de fosfato apenas em sua Fase 1, considerando as duas minas em conjunto, além dos benefícios ambientais associados. Para a gerente, outros resultados positivos adicionais devem ser registrados nas fases que ainda serão implementadas. “Exemplos como o do MIP 70 demonstram a importância de uma abordagem adaptativa e flexível em P&D. Ao identificar novas oportunidades é necessário estar aberto à alteração de rota”, conclui Lilian.