CBA TEM AUMENTO DO VOLUME DE VENDAS DE ALUMÍNIO

CBA TEM AUMENTO DO VOLUME DE VENDAS DE ALUMÍNIO

A CBA – Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) registrou no primeiro trimestre de 2024 um aumento no volume de vendas de alumínio, que somou 120 mil toneladas, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda nas taxas de juros e as condições mais favoráveis na demanda da construção civil refletiram positivamente no mercado de tarugo e vergalhões, impulsionando o segmento do Negócio Primários, que avançou 25% na comparação anual, e de reciclagem, com alta de 8% nos dois períodos comparados.

As vendas de transformados mantiveram um volume estável em relação ao último trimestre de 2023 e uma ligeira queda de 3% versus o 1T23. O menor volume, em comparação com o mesmo período do ano anterior, é decorrente da menor demanda por folhas, reflexo da competição com a importação.

Reduo nos custos

Outro ponto de destaque foi a queda nos custos de produção, em decorrência da melhora na eficiência operacional das salas fornos e da queda no preço dos principais insumos. O custo médio de produção do alumínio líquido reduziu 3% no primeiro trimestre deste ano em relação ao 4T23.

O custo por tonelada da pasta anódica e outros custos variáveis apresentaram queda de 16% e 3%, respectivamente. Com relação à pasta anódica, a redução se deu em função dos melhores preços de compra dos insumos, coque e piche, ambos com queda de 9% no preço. Além disso, a melhora operacional das salas fornos trouxe melhores indicadores, o que por sua vez também se refletiu na queda de outros custos variáveis.

Melhora do EBITDA

A redução de custos das matérias-primas, além da estabilização operacional das salas fornos e do melhor mix de vendas, também se refletiram na alta de 74% do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que totalizou R$ 146 milhões.

O preço médio do alumínio na LME no 1T24 foi de US$ 2.199/t, praticamente estável em relação ao 4T23 (US$ 2.190/t) e em queda de 8,2% vs. o 1T23. Alguns eventos como a explosão do terminal de petróleo, que ocorreu na Guiné no final de dezembro, não se refletiram em disrupções no mercado, por isso o preço na LME recuou gradualmente, durante o mês de janeiro, seus ganhos do final do ano, atingindo o menor valor do trimestre em 22 de janeiro: US$ 2.110/t.

A Receita líquida consolidada de R$ 1,7 bilhão caiu 12% na comparação em relação ao 1T23 e 11% em relação ao 4T23. A receita líquida do negócio de alumínio atingiu R$ 1,6 bilhão no 1T24, uma redução de 10% comparada ao 1T23 e ao 4T23. Em relação ao 1T23, apesar de um aumento de 13% no volume vendido de alumínio, o efeito é pela queda de 8% no preço médio do alumínio na LME, aliado à apreciação do real vs. dólar em 5%, nos períodos comparados.

Já em relação ao 4T23, a queda é principalmente pelo menor volume de vendas de alumínio, devido à sazonalidade do período.

Resultado

A CBA teve prejuízo líquido de R$ 30 milhões no primeiro trimestre de 2024 ante o lucro líquido de R$ 89 milhões no mesmo período do ano passado e ao prejuízo líquido de R$586 milhões no último trimestre do ano passado, fruto de efeito contábil. Na comparação anual, apesar da melhora do lucro bruto, o principal efeito para a apuração de prejuízo é o resultado financeiro líquido, em função da desvalorização cambial com impacto nos empréstimos e derivativos e, também, de um maior saldo de dívida. O caixa em 31 de março de 2024 somava R$ 1,4 bilhão, incluindo disponibilidades e aplicações financeiras.

Investimentos

O total de investimentos (regime caixa) no primeiro trimestre teve aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado e de 81% em relação aos últimos três meses de 2023, principalmente pelos investimentos direcionados a projetos de modernização e expansão do trimestre, esses representando 59% do total.

A empresa ressalta que 40% do Capex de modernização e expansão, anunciado no IPO, já foram realizados até o primeiro trimestre deste ano. Entre eles, o projeto de disposição de resíduos a seco, o qual foi dada a partida no processo de operação em abril, representando 20% do Capex de expansão anunciado no IPO. O investimento soma R$ 500 milhões e promove ainda mais segurança à principal barragem da CBA (Palmital, em Alumínio/SP), além de aumentar a eficiência no uso de insumos, propiciar a reutilização da água no processo e o reaproveitamento do resíduo como coproduto em outros mercados, como o da construção civil.

Outro projeto, o ReAl, envolve a produção adicional de alumínio a partir da reciclagem. Em fase de implantação, o projeto permite separar e reciclar o alumínio e o polímero, presentes em embalagens multicamadas, a partir de uma tecnologia desenvolvida e patenteada pela CBA.

 

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