Transformar e desenvolver as comunidades do entorno de suas operações, aliado ao sólido compromisso com o meio ambiente. Com esse propósito, a l produtor de concentrado de níquel sulfetado localizado no município baiano de Itagibá, investiu desde 2021 mais de R$ 300 mil no Projeto Cacau.
A previsão de investimento para 2024 é de R$ 70 mil reais. De acordo com Organização Internacional do Cacau (ICCO), o Brasil é o sexto produtor mundial de cacau, com 220 mil toneladas na safra 2021/2022, e os agricultores baianos entregaram 140.928 toneladas de cacau em 2022, aumento de 39,72% em relação a 2020.
O Projeto Cacau tem como objetivo estimular o empreendedorismo dos pequenos produtores no Sul da Bahia, além de fomentar, de forma sustentável, o cultivo do fruto que já foi um dos símbolos da economia do estado. A iniciativa realizada nas imediações da mina Santa Rita da Atlantic Nickel, visa também revitalizar a cultura do Cacau na região, além de apoiar agricultores residentes nos arredores da mina, que têm o produto como sua principal fonte de renda.
“Com o projeto, contribuímos para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades do entorno, além de revitalizar a agricultura local, fonte de renda de famílias da região. Estimulamos também a cultura regional, pois a produção é realizada pelo método cabruca, método tradicional praticado há mais de 200 anos, em que o cacau é cultivado sob a sombra de árvores nativas da Mata Atlântica. Dessa forma, além do manuseio do fruto, o ecossistema no entorno é preservado. Este é o legado que nós da Appian desejamos deixar para as comunidades que nos recebem”, explica Diogo Oliveira, diretor de ESG e Pessoas do Grupo Appian, gestor da Atlantic Nickel.
O Projeto Cacau já beneficia 10 famílias que utilizam as áreas do entorno da Atlantic Nickel para colheita e produção do fruto, que geram até 5 arrobas de cacau na alta safra. Dentre diversas ações que, juntas, chegaram no valor de mais de R$ 300 mil, está o suporte na gestão deste projeto, fornecendo capacitação técnica para o manejo do cacau, poda e clonagem aos produtores locais. Os integrantes do Projeto Cacau receberam capacitação/orientação de um time de técnicos agrícolas para junção dos saberes, que envolvem o conhecimento técnico com a expertise dos agricultores.
Manejo e cultivo sustentável
O Projeto Cacau e seus produtores locais, têm como missão aprimorar o manejo e colheita do cacau, levando em consideração os princípios de boas práticas de uma agricultura sustentável, preservando as demais espécies de planta nativa e área de preservação ambiente. Os produtores utilizam o sistema cabruca, em que o cacau é cultivado sob a sombra de árvores nativas da Mata Atlântica. Atualmente, 70% dos produtores de cacau da Bahia usam o método, que de acordo com dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), esse modelo ajudou a preservar 8% da Mata Atlântica no Sul do estado e reduz a quantidade de gás carbônico no meio ambiente.
Beneficiamento do cacau
Em 2024, a Atlantic Nickel investirá no apoio a agregação de valor ao produto. Isso significa que a empresa dará suporte na abertura de uma pequena unidade de beneficiamento do Cacau, o que fará com que o produto comercializado pelos agricultores tenha maior valor econômico. Além disso, os agricultores serão capazes de produzir o chocolate, que a empresa pretende adquirir em datas específicas ao longo dos anos. A produtora de níquel sulfetado do Grupo ainda pretende manter a frente de suporte técnico aos agricultores em 2024.
História do Projeto Cacau
O projeto Cacau nasceu da necessidade dos pequenos agricultores da região em terem renda para suas famílias. Quando a Appian Capital Brazil assumiu a gestão da Atlantic Nickel, no sul da Bahia, observou-se a oportunidade de colheita de cacau em suas áreas de reserva e, portanto, convidou alguns agricultores que já haviam colhido Cacau no passado, quando a mina Santa Rita era gerida por outra empresa. Desde então, os agricultores têm recebido suporte técnico, de segurança e de apoio para continuidade de suas atividades no local, melhorando suas rendas e preservando a cultura do cacau.