De acordo com a Regra de Listagem 17.1 da ASX, bolsa de valores australiana, a Latin Resources solicitou uma suspensão imediata da negociação de seus títulos hoje, 26 de setembro. A medida deve vigorar até que sejam divulgados os resultados da Avaliação Econômica Preliminar (PEA) do depósito Colina ou até quinta-feira, 28 de setembro, o que ocorrer primeiro.
A empresa possui projetos de exploração mineral na América do Sul e na Austrália. O principal deles é o projeto Salinas, de lítio, em Minas Gerais, que abriga o depósito Colina, com recursos minerais estimados de 45,2Mt@1,34% Li2O, acima de um corte de 0,5% Li2O.
A classificação JORC dessa Estimativa de Recursos Minerais (MRE) inclui 0,43Mt@1,34% Li2O de recursos medidos, 29,7Mt@1,37% Li2O indicados e 15,0Mt@ 1,22% Li2O inferidos. A MRE passa atualmente pelo processo de PEA, realizado pela SGS, com conclusão prevista para o terceiro trimestre de 2023.
Na Argentina, a Latin Resources possui o projeto Catamarca, também de lítio, enquanto na Austrália detém o depósito Cloud Nine, de haloisita-caulim, formação natural relativamente rara de caulinita, onde o mineral tem a configuração de nanotubos ou tubos microscópicos, cujo diâmetro é medido em nanômetros e é imperceptível ao olho humano.
Atualmente, esse depósito está sendo testado pela crcCARE (Centro Cooperativo de Pesquisa para Avaliação de Contaminação e Remediação do Meio Ambiente), organização independente, também sediada na Austrália, que realiza pesquisas, desenvolve tecnologias e fornece orientação para prevenir, avaliar e remediar ocorrências de contaminação do solo, da água e do ar. No caso da haloisita-caulim, a entidade busca refinar seu uso na redução de emissões de metano por criações de gado.