A demanda por agregados é termômetro da economia, porque pode indicar aumento ou queda da atividade de construção. A produção mineral brasileira é estimada em cerca de 1,3 bilhão de toneladas e, desse montante, o setor produtivo de agregados tem expressiva contribuição, respondendo por mais de 45% desse volume a cada ano. Os dados são da ANEPAC – Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção.
Com perspectivas positivas para os próximos meses nesse setor, a Lantex do Brasil tem realizado um trabalho de consultoria e suporte a pedreiras de todo o país nas operações de processamento de material fino – pedras miúdas e areia de brita. Essa experiência, inclusive, será compartilhada na Brasmin – Feira da Indústria da Mineração (de 27 a 29 de junho de 2023 no Centro de Convenções PUC, em Goiânia), da qual a Lantex é patrocinadora.
Atualmente, os agregados com esse perfil correspondem a 40% da demanda de consumo no mercado da construção, o que tem feito as mineradoras adequarem o processo de peneiramento com o uso de telas apropriadas, capazes de classificar o material fino sem grandes perdas.
“A grande dificuldade para as empresas produzirem o material fino tem sido adequar a areia de brita, conhecida também como ‘areia artificial’, à normatização estabelecida”, elucida Vitor Diniz, gerente de assistência técnica da Lantex. Devido a esse material apresentar peculiaridades que na grande maioria das vezes são desfavoráveis quando tratamos de concreto, eles acabam não sendo utilizados ou são destinados a aplicações marginais.
Vitor considera dois fatores preponderantes que ocorrem quando o material fino é classificado a seco. “O primeiro é que a coesão entre as partículas tende a reter fino no material grosso. Essa coesão aumenta quando há excesso de umidade, fazendo as partículas menores aderirem às maiores e tornando o peneiramento pouco eficiente”, explica.
Outro ponto é que a aderência das partículas à tela acaba sendo uma dificuldade que não pode ser antecipada na teoria. “Geralmente, essa aderência resulta no cegamento de malhas e reduz significativamente a quantidade de undersize (material passante), o que prejudica a qualidade do oversize (material retido)”, avalia Vitor.
Análise técnica evita problemas no peneiramento de finos
O departamento de engenharia da Lantex tem analisado diversos casos, constatando diferentes problemas que interferem no peneiramento de finos. A começar pela umidade, que força as partículas a se aderirem umas às outras e também as aberturas das malhas, o que limita a eficiência do processo. Outro fator de peso é a distribuição granulométrica, porque quando a diferença entre os tamanhos das partículas é muito grande, não possibilita uma boa separação dos produtos.
Por fim, a distribuição do material sobre a superfície de peneiramento é essencial, porque se o fluxo de material se concentrar em apenas uma parte do deck, não se aproveita toda a área de peneiramento disponível no equipamento. “Na Lantex, respeitamos as particularidades específicas dos processos de cada um de nossos clientes e procuramos conhecer seus objetivos de produção para poder definir a tecnologia certa a ser aplicada em cada caso”, salienta Vitor.
Algumas empresas decidiram investir em telas diferenciadas para melhorar a eficiência do peneiramento, como é o caso da Territorial São Paulo Mineração, que optou por aumentar e eficiência de remoção dos passantes do pedrisco, material também conhecido como brita 0.
A mineradora utilizava uma tela metálica com grande área livre, em uma peneira modular de grande capacidade de processamento de material. Com o passar do tempo, devido ao arqueamento e à rigidez da tela metálica, o material foi se concentrando em apenas uma área do equipamento. O problema se agravava com a alta aderência do material fino e a rigidez da tela metálica, que entupia a abertura das malhas, resultando num peneiramento ineficiente.
“Após estudarmos cuidadosamente o caso, realizamos a substituição por telas em borracha Superflex, que na teoria possuem menor área aberta do que as telas metálicas”, conta Vitor Diniz. De acordo com ele, a tela substituta proporcionou uma melhor distribuição do material sobre o deck, que associada à alta resiliência da borracha especial, solucionou o problema de obstrução das malhas e resultou em uma maior eficiência de remoção dos passantes. Na prática, a pedreira conseguiu produzir um pedrisco de qualidade premium e aumentar a quantidade de pó de pedra produzido.
Soluções para peneiramento de agregados
Uma vez identificado o problema, a Lantex dispõe de telas com diferentes tipos de materiais, que vão desde aço carbono ou inoxidáveis, até outras tecnologias, como poliuretano e borrachas especiais. Outro fator que pode auxiliar bastante é o formato geométrico das malhas – pode ser quadrado, retangular, triangular, redondo ou losangular.
“Oferecemos, inclusive, uma tecnologia mista, onde utilizamos telas metálicas para aumentar a área aberta das telas. Elas são montadas em um sistema modular de encaixe rápido, para que se reduza o tempo de equipamento parado e melhore a ergonomia da planta, otimizando as condições de trabalho da equipe de manutenção. Essas escolhas afetam diretamente no custo, eficiência e performance de peneiramento”, assinala Claudia Bolzan, diretora da Lantex do Brasil.
Linha de telas Superflex
Fabricada pela Lantex do Brasil, o principal objetivo da linha de telas Superflex é proporcionar o máximo de performance no peneiramento. Elas possuem uma área livre superior quando comparadas às telas de borracha convencionais, além de serem produzidas com borracha especial de alta resiliência. Na prática, quando as malhas dessas telas são submetidas ao tensionamento resultante do peso do material processado, elas recuperam rapidamente seu formato original, acompanhando a amplitude de rotação da peneira, o que lhe confere um efeito autolimpante.