Por: Nancy Case, vice-presidente COE Operações da Mosaic Fertilizantes
O que vislumbramos para a mineração é um futuro de baixo carbono, sem desperdício e orientado por propósitos, capitalizando oportunidades associadas com impactos ambientais e socioeconômicos positivos. Nesse cenário, enxergamos empresas direcionando investimentos para aproveitar melhor o que é extraído da mina, fomentando novos mercados, e estendendo a vida útil de suas operações, tudo por meio de aportes em inovação e transformação digital, sempre considerando aspectos de sustentabilidade.
Na Mosaic Fertilizantes, vivemos um momento especial, com muitos avanços em todas as áreas – nas minas, usinas, plantas químicas, linhas de produção, cadeia de suprimentos e lançamentos de produtos. Essa mentalidade digital, nos permite ser parte de um ecossistema de empresas inovadoras, em constante mudança e evolução, prosperando ainda mais e capturando as oportunidades de forma rápida e ágil para geração de valor.
Atuamos de forma constante no desenvolvimento multidimensional dos recursos minerais, por meio de contato com a sociedade, atendimento à legislação e às normas legais e melhoria da performance operacional. Nós trabalhamos cuidadosamente para maximizar a eficiência e minimizar o uso de energia e recursos naturais, e temos feito progressos nesse sentido. Em nossa mina em Cajati (SP), por exemplo, focamos na diminuição da distância média de transporte da operação, otimizando a produtividade e deixando de emitir 721 t de CO2.
Também avançamos no desenvolvimento de iniciativas com foco na filtragem de rejeitos em Araxá (MG). Em 2022 começamos os ensaios do projeto dry stacking, com o objetivo de atingir o desaguamento de 100% dos rejeitos. O projeto de engenharia está em fase final e deve ser concluído em breve. Somos pioneiros no setor de fertilizantes a estudar e desenvolver projetos para o desaguamento de 100% de rejeitos, incluindo as lamas.
Para atender nossa meta de sermos Net Zero até 2040, investimos em vários projetos de eficiência energética, a começar pela cogeração nas operações, em que o ácido sulfúrico é utilizado para separar o fósforo das entradas de matéria-prima. É um processo que gera uma grande quantidade de calor residual, recuperado e convertido em vapor que é enviado para geradores de turbina. E também seremos a primeira empresa do setor de fertilizantes a ter um contrato de fornecimento de energia eólica, a partir de parceria com a Casa dos Ventos, que vai fornecer de 30 MWm por 14 anos, a partir de 2026. Com o objetivo de reduzir a pegada ambiental, inovamos ao nos tornarmos pioneira, no setor, a usar 30% de polipropileno com conteúdo reciclado pós-consumo em nossos big bags. O projeto foi desenvolvido com a Zaraplast e Braskem.
Além de trabalhar para estender ao máximo a vida útil das barragens, a Mosaic Fertilizantes vem pesquisando aplicações para os produtos de sua operação. Assim, criamos a área de especialidades. Hoje, um dos projetos é uma parceria com a prefeitura de Uberaba (MG) para estudo da viabilidade do uso de fosfogesso, já aplicado na agricultura e na indústria cimenteira, em aterro sanitário, em substituição ao solo virgem. Esse material pode acelerar a decomposição da matéria orgânica. Se forem atendidas as expectativas de resultado, a solução trará maior economia para o poder público e mais segurança na gestão de resíduos.
Também fortalecemos o Programa Fosfogesso Social que, por meio de parcerias com instituições locais, propicia o acesso de pequenos produtores de Araxá e Patrocínio (MG) a esse insumo.
Assim, temos um olhar otimista para o futuro, com grandes recursos, potenciais e produtos a serem explorados, evoluindo para entregar além das métricas ambientais tradicionais, considerando todo o ciclo de vida da mina até o campo.
muito bom!!