A Samarco divulgou o Relatório de Sustentabilidade 2021, na segunda-feira (08/08). Em entrevista a In the Mine, o diretor de Projetos e Sustentabilidade da empresa, Reuber Koury, ressaltou os principais resultados apresentados no relatório, alcançados com a promoção de ações internas e externas no âmbito social, ambiental e de governança, com vistas ao propósito de fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável.
- O que é o Relatório de Sustentabilidade?
O documento está alinhado aos nossos desafios e estratégias ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), que apresenta dados e informações relativos ao ano de 2021 sobre os impactos de nossas ações internas e externas. A estrutura dos temas foi definida conforme a realidade da empresa, alinhada aos pilares da declaração e da matriz de materialidade.
O relatório apresenta o desempenho social, ambiental e de governança, com resultados e avanços alcançados do nosso cenário atual a partir das nossas boas práticas. É uma ferramenta que contribui com o nosso compromisso de diálogo e transparência com a sociedade. A empresa reforçou os seus valores e traços culturais, está investindo cada vez mais em tecnologias inovadoras conectados ao nosso propósito de fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável.
- Quais são os principais avanços apontados no documento?
Os dados mostram que estamos evoluindo em vários aspectos, com recorte para diferentes temáticas como gestão da disposição de rejeitos, produção eficiente e sustentável, desenvolvimento humano. Como exemplos, destaco o avanço das obras de descaracterização da barragem e da cava do Germano, em Minas Gerais. Destinamos R$ 500 milhões para essas intervenções, que são executadas conforme as melhores práticas internacionais de geotecnia, buscando manter a estabilidade dessas estruturas. Implantamos um sistema de desaguamento e empilhamento a seco de 80% dos rejeitos arenosos, os 20% restantes são dispostos em cava (um espaço rochoso confinado), reutilizamos cerca de 90% da água consumida. Lançamos a nossa Declaração de Compromisso com a Sustentabilidade, alinhada à agenda ESG. Investimos na reconstrução do relacionamento com as pessoas e com os territórios que nos recebem, com investimentos para programas sociais, enfrentamento da pandemia da Covid-19 e apoio aos municípios atingidos pelas chuvas do início do ano. Ocupamos o 1º lugar no setor de siderurgia e mineração em 2021, na pesquisa dos “Lugares Incríveis para Trabalhar” do UOL e Fundação Instituto de Administração (FIA). Esses são alguns exemplos que apontam que estamos no caminho certo para uma mineração diferente, cada vez mais segura e sustentável. Outras questões podem ser conferidas no documento, disponível em nosso site.
- Com relação à produção mais sustentável, isso implica em uma redução dos impactos para o meio ambiente. O relatório apresenta dados específicos sobre as ações promovidas para mitigar possíveis impactos ambientais?
Sim. Desenvolvemos várias ações com o objetivo de não somente reduzir, mas compensar os impactos para o meio ambiente. Entre elas, atuamos fortemente para executar as devidas compensações ambientais. Promovemos efetivamente a proteção de 12 mil hectares de vegetação nativa, o equivalente a 3,6 vezes o total da área da Samarco. A empresa mantém o Centro de Desenvolvimento Ambiental Social e Florestal (Cedasf) no município de Ouro Preto, em Minas Gerais, para produção de mudas de árvores nativas, destinadas exclusivamente, ao projeto de compensação ambiental. Essa unidade tem capacidade de cultivar, anualmente, cerca de 200 mil mudas. Um dado interessante é que zeramos as emissões indiretas de gases de efeito estufa relativas a energia. Isso foi possível porque a energia adquirida em 2021 foi 100% originada de fonte renováveis. Esse e outros detalhes estão disponíveis no material.
- Com essas licenças obtidas e diante de compensações ambientais, além dos avanços mencionados, a empresa pretende antecipar o retorno da capacidade total de suas operações?
Antes da retomada do processo produtivo no complexo de Germano, em Mariana e Ouro Preto, em Minas Gerais, e de Ubu, no Espírito Santo, elaboramos um planejamento estratégico, para o retorno gradual das nossas atividades produtivas, que ocorreu em dezembro de 2020. Desde então, estamos produzindo com 26% da capacidade instalada total. Vamos continuar seguindo as deliberações dos órgãos ambientais e buscar oportunidades para otimizarmos o planejamento estabelecido.