Por: Eric Duarte*
Se a pandemia representou desafios e a necessidade de reestruturação e adequação dos processos para muitas empresas, também evidenciou, para a Jaguar Mining, a importância de mantermos os nossos públicos no centro de todas as decisões e ações. Inegavelmente, tivemos os resultados impactados pela crise econômica mundial, mas a agilidade com que nos reorganizamos, adotando medidas rígidas de sanitização e o home office para a área administrativa e grupos de risco, foi essencial para que a saúde de nossos empregados e parceiros e da comunidade fosse preservada.
Como de toda adversidade aprendemos importantes lições, somos gratos aos anos de 2020 e 2021, que permitiram que reforçássemos a nossa missão de criar e cultivar valores sustentáveis para nossos stakeholders, por meio das melhores práticas em mineração e do nosso compromisso com a proteção da saúde e bem-estar dos empregados, meio ambiente e comunidades onde atuamos.
Nossa atividade, considerada essencial, não foi paralisada. Mesmo com a redução do número de empregados na operação, em função das medidas de saúde que adotamos durante a pandemia, registramos aumento de cerca de 20% na produção de onças em 2020 em relação a 2019. Para este ano, a expectativa é de um resultado próximo a esse. Observamos uma leve queda na produção de onças nos dois primeiros trimestres, seguida por recuperação no trimestre seguinte. Para o quarto trimestre do ano, a expectativa é de um resultado superior ao do mesmo período do ano passado, o que deve equalizar o balanço final.
No que diz respeito à pauta ESG, que tem avançado cada vez mais em nossa agenda corporativa, estamos investindo, até 2025, R$ 51 milhões no fechamento das barragens de Moita, em Caeté, e Turmalina, em Conceição do Pará, ambas em MG. O fechamento da primeira está ocorrendo concomitantemente à disposição de rejeito filtrado na estrutura e deve ser finalizado até 2025.
Já Turmalina não recebe mais rejeitos desde 27 de setembro deste ano e está sendo fechada a partir da impermeabilização de todo o rejeito nela disposto e da construção de canais para condução de águas de chuva para fora do reservatório, evitando seu acúmulo na barragem. A decisão de fechar as barragens se deu pela aproximação da exaustão de sua capacidade de receber rejeitos. Além disso, a Jaguar planeja não mais utilizar barragens no longo prazo.
Em 2021 também investimos na execução de melhorias capazes de gerar ainda mais segurança e bem-estar aos empregados, intensificando a rastreabilidade e monitorando o fluxo de produção. Na mina Pilar (Santa Bárbara/MG), por exemplo, foi instalado um “backbone”, estrutura de rede para dados com tecnologia mais robusta e estável, para suportar novos serviços como sistema de telefonia, com o uso de ramais; instalação de wi-fi, com acesso facilitado a computadores e tablets; além de câmeras de monitoramento e TV Corporativa. Dois exaustores centrífugos passaram a compor o Sistema de Exaustão principal da mina, a fim de melhorar as condições de ventilação e temperatura para os trabalhadores.
Neste momento, a Jaguar Mining está 100% focada em seus ativos operacionais e de exploração no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais. Buscamos alternativas para otimizar e sustentar o nosso portfólio de projetos, aproveitando, ao máximo, as tecnologias disponíveis para melhorar as margens sobre o ouro produzido. Hoje, contamos com mais de 30 mil hectares de propriedades de exploração e mineração e, recentemente, celebramos uma nova joint venture de exploração com a Iamgold, que adiciona quase 50% dessa extensão à área que a Jaguar pode explorar ativamente. Para 2022, a ideia é ampliar a exploração sempre com foco no crescimento sustentável, baseado em um negócio seguro, rentável, ecologicamente correto e socialmente responsável.