BRITAGEM MODULAR E DRY STACKING NA MINA DE POSSE

BRITAGEM MODULAR E DRY STACKING NA MINA DE POSSE

Um dos primeiros empreendimentos greenfield da região norte de Goiás, o projeto Mara Rosa, da Amarillo Gold, localizado na cidade homônima, para implantação da Mina de Posse tem o início de sua construção prevista para abril de 2022, com operação comercial no quarto trimestre de 2023.

Segundo Arão Portugal, country manager da mineradora canadense, o processo de pandemia não só causou a postergação do início das obras do projeto em mais de um ano, como afetou o desenvolvimento de outras atividades, em especial a engenharia detalhada.

Arão Portugal, country manager da Amarillo Gold

A Mina de Posse tem como diferenciais, em relação a outras produtoras de ouro no Brasil, a adoção da tecnologia dry stacking, de filtragem de rejeitos com empilhamento a seco – o que elimina a necessidade de instalação de uma barragem -, e será a primeira operação mineral no país a empregar uma estação modular de britagem FIT, lançada em 2020 pela Metso Outotec, com capacidade de 540 t/h de ROM. A estação é composta de britadores, alimentadores vibratórios, peneiras e transportadores de correia, além de estruturas relacionadas ao sistema e outros equipamentos.

O projeto Mara Rosa teve início em 2005 e passou pelas etapas de pesquisa, licença prévia e, no início de fevereiro de 2021, recebeu a LI (Licença de Instalação) para início da construção. A mina a céu aberto, possui reservas de 773 mil oz de ouro recuperadas, baseadas em 23,4 Mt com classificação de 1,15 g/t, que lhe asseguram nove anos de vida útil.

O empreendimento irá gerar 700 empregos diretos e 2 mil indiretos, na fase de construção, e 500 empregos diretos e 3 mil indiretos durante sua operação, contando com um investimento total de cerca de R$ 600 milhões.

projeto biltragem-filtragem Mara Rosa
Projeto da estação de britagem e sistema de filtragem

 

Filtragem

Os rejeitos do processo seguem para a planta de filtragem que possui quatro filtros prensa montados em paralelo, uma prensa com 160 placas de 2m x 2m cada e capacidade de produção de torta filtrada de 317 t/h.

“O objetivo da Amarillo é construir uma operação moderna e sustentável com tecnologia embarcada. Por isso, a opção por um processo de produção sem barragem de rejeitos. A tecnologia dry stacking, de empilhamento a seco, é um modelo de operação que utiliza menos recursos, pois 85% da água retirada dos rejeitos volta ao processo de mineração”, explica Portugal. Ainda segundo o gerente, os componentes sólidos resultantes da filtragem dos rejeitos são prensados e dispostos em pilhas que se elevam paulatinamente. O consumo de água nova na planta foi reduzido de aproximadamente 600 m³ para 136 m³.

vista aerea Mara Rosa
Vista área do Projeto Mara Rosa (Mina de Posse)

A mineradora pretende contratar até 75% de seus empregados na área de influência do projeto. Para isso elaborou um programa de formação e qualificação de mão de obra local, que já treinou mais de 500 pessoas desde janeiro de 2021, além de contar com um banco de dados com mais de 2 mil pessoas cadastradas a futuros cursos de qualificação. Em paralelo, foi implantado um programa de desenvolvimento dos fornecedores locais. Há, ainda, mais de 20 programas ambientais em implantação e projetos de geração de emprego e renda considerando a vocação das comunidades locais.

Fotos: Amarillo Gold/Divulgação

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