O LÍDER DA RETOMADA E RAMP UP GRADUAL DA SAMARCO

O LÍDER DA RETOMADA E RAMP UP GRADUAL DA SAMARCO

Engenheiro metalúrgico formado na turma de 1994 pela Universidade Federal de Ouro Preto, ele iniciou sua carreira na Anglo American. Ficou na AngloGold, antes de sua fusão com a Ashanti, quando o grupo britânico vendeu sua participação acionária na produtora de ouro. Após 14 anos, em 2007, passou pela BHP, onde teve seu primeiro contato com a Samarco. Trabalhou na área de cobre do Sistema Norte da Vale e voltou para a Anglo American, envolvido com o projeto Minas-Rio. Foi contratado pela Samarco em outubro de 2016, quase um ano depois do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 5 de novembro de 2015. Em dezembro de 2017, passou a responder também pela área de projetos da mineradora, assumindo sua presidência em março de 2018. A ascensão ao cargo, a princípio de forma interina, foi depois tornada permanente pelas acionistas Vale e BHP.

Por sua atuação nos últimos quatro anos, pode-se atribuir a Rodrigo Alvarenga Vilela a liderança do projeto de retomada das operações da Samarco, em 23 de dezembro de 2020, três dias após o mineiro de Coqueiral, pequena cidade do sul do estado, completar 50 anos de idade e cinco anos depois da paralisação total da mineradora. Em outubro de 2016, sua entrada na Samarco como diretor de operações coincidiu, ironicamente, com a suspensão de todas as licenças de operação da empresa, que só seriam retomadas três anos depois, em outubro de 2019, com a aprovação de uma LOC (Licença de Operação Corretiva). Um processo complicado que envolveu a realização de cinco audiências públicas com cerca de 5,5 mil participantes. Nesses encontros, o projeto de retomada teve de ser explicado a comunidades ainda abaladas com os impactos sociais e ambientais causados pelo rompimento da barragem.

“A LOC foi não só uma licença ambiental como também uma licença social, consentida após a grande interação que tivemos com as comunidades locais durante as audiências públicas. Foi quando também percebemos que havia um enorme suporte dessas comunidades ao retorno da empresa”, lembra Vilela. Consentimento dado, tratou-se então de reativar mina, mineroduto, planta de pelotização e o principal – implantar os dois novos sistemas que lidariam com os rejeitos do processo produtivo: o de filtragem e o de disposição, este em uma cava já exaurida para o material lamoso e o de empilhamento a seco, para o material arenoso.

Nesta entrevista exclusiva a In the Mine, Vilela fala dos marcos, diretrizes e preparativos para o retorno da Samarco. Do cronograma de ramp up gradual da produção, iniciada com 7 a 8 Mtpa de pelotas, para o alcance da capacidade instalada de 30 Mtpa. De gestão de riscos e governança. Das obras de descaracterização da cava e barragem de Germano. Dos projetos para aproveitamento dos resíduos e programas para a formação de jovens e desenvolvimento de fornecedores locais. O executivo fala, ainda, do aprendizado da Samarco em seu processo de reconstrução: “Mudamos muito. Os funcionários veem as operações e a sociedade de maneira diferente. Como empregados, todos sofremos muito durante esses cinco anos e ainda sofremos e isso se reflete em nossos projetos”, conclui.

Faça aqui o download do pdf com a entrevista completa, publicada na edição 89 da revista In The Mine

 

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