PROFISSIONAIS PCDS CONQUISTAM ESPAÇOS NO PARÁ

PROFISSIONAIS PCDS CONQUISTAM ESPAÇOS NO PARÁ

Três profissionais têm motivos para celebrar o 21 de setembro, Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Eles representam uma parcela ainda pequena dos brasileiros que estão empregados e integrados. A Lei de Cotas (Nº 8.213, de 1991) garante uma porcentagem de contratação de PCDs em empresas com mais de 100 funcionários.

Apesar disso, estima-se que, do total de 45,6 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, apenas 1% está contratado. Os dados são oficiais, da Relação Anual de Informações Sociais, divulgada pelo Ministério da Economia.

“Não desistir de seus sonhos”

Empresas paraenses têm incentivado a inserção de profissionais PCDs. Através do investimento em ambientes de trabalho inclusivos e fomentando a qualificação destes empregados. Erivane Sousa, 26 anos, (foto acima) nasceu com deficiência auditiva. Sua oportunidade surgiu na Mineração Rio do Norte, em Oriximiná (PA). “Passei no programa como jovem aprendiz para técnica administrativa. Adquiri experiência no almoxarifado do Hospital de Porto de Trombetas, durante um ano e meio. E depois surgiu uma oportunidade na mina para trabalhar como assistente administrativa, onde estou até hoje”.

Atualmente, Erivane cursa Engenharia de Produção na modalidade ensino à distância na UniCesumar, instituição sediada em Maringá (PR). A jovem determinada também incentiva outros PCDs a trilharem seus sonhos profissionais. “ O conselho que eu dou para um PCD é: não desista dos seus sonhos, temos uma lei que nos ampara e muitas empresas ótimas que seguem essa lei e dão oportunidades. Eu consegui e sei que muitos irão conseguir também”.

“Novas formas de promover a inclusão”

Assistente administrativa da área de Segurança Patrimonial da Imerys, Michele Andrade acredita que sempre é possível encontrar novas formas de promover a inclusão. “Entrei na Imerys há sete anos e a empresa constantemente investe em acessibilidade. Acredito que o melhor caminho para obter isso é escutar as pessoas com deficiência. E saber quais suas necessidades e expectativas”.

Atualmente, ela trabalha no município de Barcarena, mas já pôde visitar as minas da empresa localizadas em Ipixuna do Pará. Enquanto atuava na área de Recursos Humanos. E ressalta que essa oportunidade é oferecida aos demais PCDs da empresa, nas unidades do Grupo Imerys no Pará.

“Inclusão dever ir além do cumprimento da cota”

Alessandra Martins, de 46 anos, trabalha há 11 meses na Alubar, fabricante de cabos de alumínio. Ela possui sequela de paralisia infantil do lado esquerdo do corpo. Alessandra diz que a inclusão de PCD nas organizações deve ir além do cumprimento da cota prevista na legislação. “Empresas comprometidas de fato com nosso bem-estar e desenvolvimento, como a Alubar, são exceções. No geral, as empresas  não querem gastar com adaptações para o PCD.

alessandra
Alessandra Martins

Como assistente administrativa na área de Manutenção, Alessandra conta que sua rotina de trabalho é dinâmica. Envolve solicitação de compras, serviços, ponto, notas fiscais, entre outras tarefas. A deficiência não a impede de fazer planos para crescer. “Quero começar uma faculdade em uma área mais relacionada com meu novo momento. Também penso em começar um curso de inglês. Vou aprender mais e mais e alçar outros voos na empresa.

As dificuldades de locomoção e movimento são superadas também graças ao ambiente acolhedor e gestores atenciosos.  “Ao chegar na Alubar, fiquei surpresa e feliz. Foi minha primeira experiência na indústria, ainda não tinha visto um local de trabalho que tivesse tantos PDCs atuando, e isso para um PCD é fantástico. Nos sentimos incluídos de fato e de direito”.

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.