As visitas aos parques da cidade de Nova Iorque (EUA) não estão suspensas durante o isolamento social determinado pelo responsável governador do estado, Andrew Cuomo, do Partido Democrata. Mas, no momento, elas têm que ser virtuais. Também há algumas brechas para passeios in loco, desde que mantido o devido distanciamento pessoal.
A série Parks@Home, lançada pelo departamento municipal de parques quer ajudar os segregados caseiros a se conectar com a natureza ampliando, de quebra, seus conhecimentos gerais. A programação inclui vídeos motivacionais, aulas, eventos de arte e cultura e até um “momento de meditação”. Uma das aulas recentes, que teve 4 mil visualizações on line, tratou de geologia, relacionando a história de Nova Iorque às rochas existentes em seus parques públicos.
“Você pode pegar uma pedra em qualquer lugar, olhar para suas cores e texturas e se perguntar: ‘Como essa pedra chegou aqui?'”, diz um dos dois guardas florestais transformados em professores. Eles explicam os três tipos de rochas que podem ser encontradas na cidade, como essas formações foram criadas há milhares de anos e como elas foram usadas pelas primeiras civilizações.
Uma delas são os cinco buracos glaciais (foto) do Inwood Hill Park, que fascinam geólogos e visitantes há gerações. Esses buracos, que quase parecem artificiais, surgiram durante a última era glacial há cerca de 50 mil anos. Durante um enorme evento de derretimento, “a água turbulenta e turbilhonada, fortificada por rochas e atravessando fendas, alcançou a rocha subjacente e perfurou os furos”. (Uma história natural dos parques da cidade de Nova York, Linnaean Society of New York, 2007). As formações, medindo entre 3,5 e 8 pés de diâmetro foram descobertas por Patrick Coglan, morador de Inwood, em 1931.
(Fotos: Myinwood.net)