GERAÇÃO DE EMPREGOS NA MINERAÇÃO

GERAÇÃO DE EMPREGOS NA MINERAÇÃO

O Pará é o 1º do ranking de exportações minerais do Brasil, com 33% de participação, de acordo com o Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral). Esse resultado de 2019 colocou o estado à frente de Minas Gerais e Espírito Santo. No ano passado, foram comercializadas 192 milhões de toneladas de minério, cerca de 90% das exportações totais do Pará.

O bom desempenho movimentou cerca de 15 bilhões de dólares. China, Malásia e Japão são os maiores mercados consumidores do minério paraense. Devido à sua importância para economia do Pará, a atividade tem um dia a ser celebrado. O Dia Estadual da Mineração, em 14 de março.

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Antônio Wilson da Silva

Mais que resultados financeiros, o setor de mineração tem sido uma oportunidade à população paraense para o desenvolvimento profissional. O Simineral calcula que a atividade gera 266 mil empregos diretos e indiretos. Quase 80% dos empregados nas unidades da Hydro, por exemplo, nasceram no Pará. Um deles é Antônio Wilson da Silva, 25 anos, que atua como operador de mina na Mineração Paragominas, unidade de extração de bauxita. O pai e dois primos de Antônio também trabalham na empresa.

De soldador a engenheiro

Ao escutar as histórias do pai sobre o trabalho, Antônio migrou de profissão logo na seleção para empresa. Ele tinha experiência como soldador e concorreu a uma vaga de operador de mina. Agora, a sua meta é concluir a graduação. “Vou completar cinco anos na empresa. Quando eu entrei, tinha somente o ensino médio e, agora, estou estudando Engenharia Mecânica. Eu sempre quis fazer um curso de Engenharia. Busco melhorar minha qualificação e crescer junto com a empresa”, ressalta.

A Mineração Paragominas opera uma das maiores minas de bauxita do mundo. Segundo o Simineral, esse minério é o quarto mais exportado pelo Pará, responsável por 14,5% do volume total. Em 2019, as empresas desse segmento comercializaram 1,029 milhões de toneladas, que representaram 227 milhões de dólares.

Nova geração da Vila dos Cabanos

A bauxita da Mineração Paragominas segue para Barcarena, por meio de um mineroduto de 244 Km, onde é refinada em alumina na Alunorte. Foi lá que Daniel Fuchshuber Moraes, 40 anos, começou a trabalhar no grupo Hydro, há 14 anos. Graduado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Contabilidade e Auditoria, ele já passou por algumas áreas estratégicas da Companhia. Como a Auditoria Interna Corporativa e o Centro de Serviços Compartilhado de Finanças. “Atualmente, integro o time global de Finanças, no escritório em Belém. No qual estamos em sinergia com as unidades em todo o mundo para melhoria dos nossos processos”, conta.

Aos cinco anos, Daniel chegou a Vila dos Cabanos, em Barcarena, onde estão localizadas duas unidades da Hydro. O pai trabalhou na Albras. E, posteriormente na Alunorte, num total de quase 30 anos até se aposentar. “Chegamos no município em 1985. Ele teve uma trajetória de trabalho fenomenal com o reconhecimento da empresa. Essa trajetória é um grande exemplo de sustentabilidade. E de como somos respeitados e valorizados pela organização”, conta.

As expectativas de Daniel vão além dos benefícios profissionais. “O que me atraiu a trabalhar na Alunorte foi o fato de ser uma empresa sustentável, que, na época, estava em plena expansão. Eu quero que o negócio se expanda e que a sociedade seja impactada positivamente. Se observarmos, tudo em nossa volta é feito de alumínio e ficaremos surpresos com isso. Em cinco minutos, entendemos a relevância do alumínio no nosso dia a dia”, destaca.

A alumina produzida na Alunorte é transformada em alumínio primário pela Albras, também em Barcarena, a maior produtora do metal no Brasil. “Na empresa, eu posso crescer em nível técnico como engenheiro ou em área gerencial. Busco o meu desenvolvimento, sempre de olho nos resultados que entrego à Companhia”, salienta André Ferraioli. Com 29 anos, ele é engenheiro de Processos e graduado em Engenharia Elétrica.

Ele ingressou na Albras pelo programa Trainee há cinco anos, tendo sido efetivado na sequência. Ainda criança, ele acompanhava o pai – aposentado da Albras, após 30 anos de atividades – nas visitas e eventos voltados aos familiares. “Eu via a dedicação dele e a importância da empresa. Fui adquirindo simpatia pela Albras e corri atrás de fazer parte dela”, afirma.

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