Geólogo, mestre em Mineralogia e Petrologia, doutor em Metalogenia, professor do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Na qual foi diretor associado por 8 anos e diretor por mais 4 anos. E vice-presidente regional para a América do Sul da Society of Economic Geologists (SEG), onde também é conselheiro no Education and Training Committee. Sobram-lhe conhecimentos geológicos para falar do potencial das províncias minerais brasileiras. E dos projetos de pesquisa mineral em curso no país. Nas áreas de metais ferrosos, não ferrosos, preciosos e não metais.
É o que Roberto Perez Xavier fará no próximo PDAC (Prospectors & Developers Association of Canada), entre os dias 1 e 4 março, em Toronto. Na condição de diretor executivo da ADIMB – Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira. Eleito pelos associados da entidade em 2018, Xavier vive neste ano par um dos pesadelos que já acometeram gestões anteriores. Em paralelo ao PDAC, organizar o Simexmin – Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral -, que acontece entre 17 e18 de maio, em Ouro Preto, Minas Gerais. Os dois eventos são os mais importantes para a prospecção mineral – do mundo, no caso do PDAC, e do Brasil, no caso do Simexmin.
Prospecção mineral no PDAC e na Simexmin
Nesta entrevista exclusiva a In the Mine, Xavier relembra a criação da ADIMB, sua consolidação como referência em pesquisa mineral. E a conquista da reputação de credibilidade junto a órgãos do governo e empresas vinculadas ao setor de mineração. O geólogo fala também da programação planejada para a delegação brasileira no PDAC e para o Simexmin.
Além dos projetos de pesquisa mineral para geração ou ampliação de reservas hoje em estágio mais avançado de desenvolvimento. Antecipa a grade de cursos de aperfeiçoamento profissional da ADIMB para 2020. Um deles sobre cobre e ouro no Vale do Curaçá, na Bahia, e confirma a retomada das expedições geológicas internacionais. Tendo como primeiro destino vários depósitos e províncias minerais da Finlândia.
Equilíbrio econômico, ambiental e social
Sobre a interação entre a academia e empresas no campo da Geologia Econômica, o professor diz que ambos os lados falham na comunicação entre si. E que a mineração do futuro será a que tiver credibilidade e apoio da sociedade. Para isso, afirma, a mineração precisa entender que não pode gerar seus benefícios a qualquer custo, mas deve baseá-los no equilíbrio econômico, ambiental e social. “É um trade-off”, explica. Aos jovens geólogos recomenda valorizar o aprendizado do curso, agir sempre com ética profissional e lembrar que há vida fora dos muros da universidade.
Faça o download com a entrevista na íntegra publicada na edição 83 da revista In The Mine