A Codelco (empresa estatal chilena de mineração de cobre) concluiu licitação para planta de dessalinização. A fim de substituir o uso da água de cordilheira pelo da proveniente do mar. Isso, em todas as suas operações localizadas em Calama, na região de Antofagasta, Chile.

A obra deve começar no primeiro trimestre de 2020, pelo consórcio MTT (Marubeni, Transelec, Techint). A construção vai empregar aproximadamente 2.700 trabalhadores no pico da obra. A conclusão está prevista para 2022.

O projeto inclui uma planta de dessalinização da água do mar com capacidade inicial projetada de 840 litros por segundo. E potencial de expansão para 1.956 litros por segundo. A construção inclui obras marítimas e sistema de impulsão de água que percorrerá mais de 160 quilômetros. Para tanto, serão instalados tubos e infraestrutura elétrica necessários para bombeá-la a mais de 3 mil metros de altura. O traçado dos tubos começa ao sul da cidade de Tocopill. E termina no reservatório de água industrial na divisão Radomiro Tomic.

Venceu a licitação o consórcio liderado pela Marubeni Corporation (50%) e composto por Transelec (30%) e Techint Chile (20%). A parte de Engenharia, Compras e Construção (EPC) fica a cargo da Techint Chile. Enquanto que as operações e manutenção são de responsabilidade do consórcio Aguas Nuevas-IDE-Transelec. O consórcio tem a obrigação de fornecer água dessalinizada à empresa estatal mediante a construção da planta e sistemas anexos. Para posteriormente transferi-los no vencimento do contrato – 20 anos depois do início da operação.

O projeto vencedor gera uma redução de custo anual do consumo de água de 35%, em comparação às projeções iniciais. A planta de dessalinização e outros projetos similares planejados para a região de Antofogasta permitem vislumbrar o seguinte: Em 2029, 64% de toda água que a mineração exigirá nessa área virá do oceano.