Desde a primeira semana de agosto, a cotação do níquel na LME (Bolsa de Metais de Londres) vem numa escalada. Rompendo a faixa entre US$ 14 e US$ 15 mil/t em que se manteve no mês de julho. E superando o patamar de US$ 16 mil/t em meados de agosto. A disparada reflete a demanda futura do metal para para a fabricação de baterias de veículos elétricos. Além da ameaça de sua escassez diante dos riscos de corte ou limitação da oferta pela Indonésia.
Quem comemorou a notícia foi David Hall, CEO da Horizonte Minerals. Mineradora avança com os projetos Araguaia, de ferroníquel, e Vermelho, de níquel e cobalto, em Carajás (PA). Segundo o CEO, o estudo de viabilidade do projeto Araguaia considerou um preço conservador para o níquel de US$ 14 mil/t. O que lhe dá muita competitividade no cenário atual.Os recursos minerais medidos e indicados da empresa foram elevados. Com o inventário recente do depósito Serra do Tapa, a 90 km de Araguaia, para 280 Mt, incluindo 3,5 Mt de níquel contido.
Aumento da oferta de cobalto
Já os preços do cobalto não são tão promissores. O aumento de sua cotação em 2017 e no primeiro semestre de 2018 foi sustentado pela elevada demanda e limitada oferta. Além da temporária escassez de produtos intermediários, que logo foi superada. Por outro lado, a oferta começou a subir tanto da parte de grandes produtores como a Glencore.
E também da produção artesanal do minério, na República Democrática do Congo (RDC), elevando os estoques. A Glencore anunciou a paralisação de Mutanda, a maior mina de cobalto do mundo. Diante da queda das cotações, combinada com a falta de acesso a depósitos de maior pureza. Bem como pelo aumento dos custos de produção e tributação no país,