Por Tébis Oliveira,
O Estado de Minas Gerais (MG) continua liderando o ranking dos grandes projetos de implantação e ampliação de mineradoras no País. Em segunda posição, a uma distância ainda considerável está o Pará (PA), onde predominam os projetos em fase de exploração mineral (prospecção e sondagem) para cubagem das reservas, principalmente por Junior Companies, com foco em ouro e na região do Tapajós. A Bahia (BA) ocupa o terceiro lugar, também com a maioria dos projetos ainda na fase de pesquisa mineral e tendo por meta a extração e o beneficia-mento de minério de ferro.
Um pouco menos concorridos, embora bem posicionados em termos de grandes investimentos, são os estados de Goiás (GO), Rio Grande do Norte (RN), Ceará (CE) e Mato Grosso (MT). Em Goiás, o ouro é a substância preponderante e os trabalhos concentram-se na pesquisa mineral, em estágios diversos, do menos ao mais avançado. No Rio Grande do Norte, a diversidade inclui desde novas minas de minério de ferro e ouro, comuns aos projetos nacionais, até os ainda pouco explorados tungstênio associado ao molibdênio e scheelita, todos já na fase de implantação.
No Ceará, o destaque são duas novas plantas de siderurgia, uma delas, a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), já com licença prévia e de instalação e em obras de terraplanagem. No Mato Grosso, o minério de ouro é objeto da maioria dos projetos, ainda em prospecção e sondagem, sendo que dois deles – Mineração Caraíba e Yamana – foram finalizados neste ano.
Com número similar de grandes projetos em pesquisa, licenciamento ou implantação, estão o Maranhão (MA), Paraíba (PB), Sergipe (SE), Rio de Janeiro (RJ), Espírito Santo (ES), Rio Grande do Sul (RS), Piauí (PI), Amapá (AP) e Amazonas (AM). No Rio de Janeiro e Espírito Santo, os novos empreendimentos dividem-se entre a área logística e a industrial com novas usinas siderúrgicas. Os estados com um único projeto de destaque são a Alagoas (AL), Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR) e Santa Catarina (SC), enquanto Rondônia (RO) e São Paulo (SP) não possuem, atualmente, nenhum empreendimento de porte quer na área de extração, quer na de beneficiamento. Em Rondônia é importante lembrar que a região de Espigão do Oeste, mesmo sendo alvo de várias pesquisas minerais de cassiterita, não teve projetos para a lavra do minério oficializados até o momento.
Minérios e Mineradoras
O ouro e o minério de ferro, individualmente ou associados a subprodutos como vanádio, titânio e cobre, entre outros, são as substâncias mais contempladas nos projetos atualmente desenvolvidos no Brasil. O fosfato, o cobre e o potássio são a segunda opção de empresas e investidores, seguidos de níquel, bauxita, calcário, zinco e terras raras. Em menor número, há ainda projetos voltados à mineração de urânio, quartzo, diamante, chumbo, fluorita, platina/paládio, sílica, carnalita, silvinita, carvão, cal siderúrgica e, como já foi dito acima, tugstênio/molibdênio e scheelita.
No conjunto, a maioria dos projetos é de implantação de minas com usinas integradas, sendo poucos os de ampliação e reativação. Entre os projetos em implantação, cerca de 40% estão sendo realizados enquanto os 60% restantes encontram-se em fase de estudo, exploração mineral ou obtenção da licença prévia ou de instalação.
Na tabela a seguir, os empreendimentos de destaque pelo valor do investimento, infraestrutura e capacidade de produção.
(Outubro/novembro 2012)