Em uma região rica em ocorrências e depósitos minerais, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) passou a disponibilizar mapas geológicos e de recursos minerais que abrangem uma área de 135 mil Km2, executados nos estados de Goiás e Tocantins. Os estudos indicam novos indícios e ocorrências de minerais. Na mesma região, a CPRM vai leiloar em dezembro, por meio de cessão de direitos minerários, sua titularidade da área de Palmeirópolis (TO) na qual se encontra depósito polimetálico (Cu-Pb-Zn) já avaliado e pronto para a explotação.
Dentre os produtos lançados, destacam-se os mapas do projeto Oeste de Goiás que totaliza 14 folhas em escala 1:100.000, além dos mapas e notas explicativas das folhas Mata Azul, Bonópolis e Novo Planalto(GO). Também foram lançados os mapas geológicos acompanhados de notas explicativas do projeto Geologia da Região de Palmas, que incluem as folhas Porto Nacional, Miracema do Norte e Santa Terezinha, na escala 1:250.000, a folha Alvorada, além de 4 folhas 1:100.000 do projeto Faixa Brasília, no estado do Tocantins e porção norte do estado de Goiás. No total, foram mapeados cerca de 45 municípios. Em Goiás, 51 mil Km2e no Tocantins, 84 mil Km2.
Nos estudos, foram identificados novos indícios e ocorrências de Fe, Mn, Cu, W, P, rocha ornamental, brita e argila para cerâmica. Em relação a depósitos já existentes, foram realizados cadastramento e consistência de depósitos. A região tem importantes ocorrências e depósitos de minerais polimetálicos (Au, Cu, Pb e Zn), metais ferrosos (Cr, Ni, Co, Fe e Mn), não metálicos (ETR, fosfato, feldspato, calcário, grafita, vermiculita), rochas e minerais industriais (rocha ornamental, areia, argila, brita), pedras preciosas e semi-preciosas (esmeralda, água marinha, diamante, quartzo, sodalita, zirconita).
Os produtos descrevem as características geológicas da região, que em sua maior parte, está inserida no contexto geotectônico da Província Tocantins (Almeida et al.,1977; Almeida 1981), representada dominantemente por rochas Neoproterozoicas doOrógeno Araguaia e pela porção setentrional do Orógeno Brasília, incluindo parte do Arco Magmático de Goiás, além de núcleos ou fragmentos de embasamento Arqueano-Paleoproterozoico. Cobertura sedimentar Fanerozoica representada pelas rochas da Bacia do Parnaíba recobrem as rochas da Província Tocantins na sua porção nordeste.
De acordo com o superintendente regional da CPRM de Goiânia, Gilmar Rizzotto, o avanço do conhecimento geológico da região constitui um instrumento indispensável para o planejamento e a implementação da atividade mineral, das políticas públicas voltadas para o aproveitamento sustentável dos recursos minerais,recursos hídricos superficiais e subterrâneos e, simultaneamente, fonte de dados imprescindível para o conhecimento do meio físico tendo em vista a execução de políticas de zoneamento ecológico-econômico e de gestão ambiental da região. “A pesquisa geológica retratada nos mapas geológicos e notas explicativas visam fornecer informações e dados capazes fomentar e acelerar a retomada da atividade mineral, atrair investidores e criar um ambiente favorável à mineração nos estados de Goiás e Tocantins”, avaliou.