O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) lançou dia 20/03, durante a programação do 8º Fórum Mundial da Água o Mapa Hidrogeológico da Bacia do rio da Prata. O evento contou com a presença do presidente da CPRM, Esteves Pedro Colnago. O mapa foi elaborado em parceria entre os Serviços Geológicos do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Reúne informações e dados referentes à formação geológica, águas subterrâneas e águas superficiais, além de dados pluviométricos de uma área correspondente a três milhões e 100 mil km² e uma população de 100 milhões de pessoas.
Além do mapa principal, existem encartes laterais tratando de feições como hipsometria, aquíferos compartilhados (transfronteiriços) pelos diversos países, potenciometria do Guarani, condutividades elétricas, vulnerabilidade natural à contaminação, volumes anuais explotados, domínios hidrolitológicos, bacias hidrográficas e densidade de poços.
A representante da Argentina, Maria Conceição, marcou presença no lançamento e afirmou ser muito importante a aproximação entre os cinco países. “Essa foi uma iniciativa em nível mundial” disse ela, ao informar que o mapa digital é um avanço para toda a América do Sul.
De acordo com o chefe do Departamento de Hidrologia da CPRM, a importância da Bacia do Rio da Prata está na sua abundância hídrica superficial e subterrânea, na sua riqueza em recursos minerais, florestais, solos férteis e na sua grande diversidade de ecossistemas e espécies. “Este trabalho desenvolvido de forma conjunta entre cinco países, permite uma visão integrada da gestão de recursos hídricos. Este é um dos grandes temas deste importante fórum que é compartilhar água. A Bacia do Rio da Prata, como outras bacias transfronteiriças, é exemplo de compartilhamento de informações sobre recursos hídricos, com uma visão de sustentabilidade”, ressaltou.
Conforme o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Antônio Bacelar, o mapeamento realizado na Bacia do Rio da Prata representa expressivo avanço na Hidrologia do Cone Sul das Américas. “Somando o mapa hidrogeológico do Brasil com o que já foi feito na Bacia do Rio da Prata, alcançamos 60% do mapeamento hidrogeológico do América do Sul. Novas parcerias institucionais internacionais vão possibilitar finalizar o mapeamento de todo o continente”, afirmou.
Outros lançamentos – No evento, foram lançados outros dois mapas. O mapa hidrogeológico região metropolitana de Recife em escala de 1:150.000 e o mapa hidrogeológico da região metropolitana de Goiânia em escala 1:200.000. Além do mapa principal, foram elaborados encartes com a qualidade da água, uso e ocupação do solo, distribuição de poços, vulnerabilidade natural a contaminação das águas subterrâneas e seções geológicas esquemáticas para melhor compreensão do tema.
