Em 2017, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Mineral (SDE) da Bahia, completa 45 anos de fundação. Cabe a ela a execução da política mineral do estado e também o fomento da mineração baiana através da realização de pesquisas minerais para a descoberta de áreas promissoras, posteriormente licitadas em um regime de PPP (Parceria Público Privada) para empresas que desenvolverão o projeto mineral.
Desde sua criação, a CBPM já licitou mais de 100 oportunidades minerais que, entre outros empreendimentos de destaque, resultaram na implantação de projetos de grande porte de bentonita, fosfato, vanádio, níquel e ouro, além de mineradoras de pequeno porte de argilas, quartzo, feldspato e rochas ornamentais. Atualmente, o estado está recebendo novas plantas para a produção de areia silicosa, cobre, ouro, ferro e nefelina, entre outras.
Alguns desses novos projetos resultam de contratos de arrendamentos de jazidas da CBPM. É o caso das novas minas de areia silicosa em Belmonte, sul da Bahia, em desenvolvimento pela Vitro Brasil, subsidiária da mexicana Vitro, e pela Mineração Jundu, da francesa Saint Gobain. Em apenas três desses contratos de Pesquisa Complementar e Promessa de Arrendamento de Lavra, a CBPM obteve prêmios de R$ 300 mil, além de royalties.
Mesmo mantendo-se como quinto maior produtor mineral brasileiro e alternando com Minas Gerais a primeira posição no ranking de áreas mais requeridas para pesquisa, o estado teve reveses, principalmente em função da queda dos preços de commodities. Paralisaram suas operações a Mirabela Mineração do Brasil (níquel) e a Santa Luz Desenvolvimento Mineral (ouro), do grupo Yamana. Também a Mineração Caraíba (cobre), que estava em processo de recuperação judicial, havia interrompido sua produção, mas já anunciou a retomada das atividades entre os meses de fevereiro e março próximo…
(Por Tébis Oliveira)
Matéria publicada na edição 65 da revista In The Mine. Clique aqui, faça o download do pdf e leia na íntegra