USIMINAS MANTÉM TRAJETÓRIA DE RESULTADOS POSITIVOS E INICIA UMA NOVA FASE APÓS ACORDO DE ACIONISTAS

USIMINAS MANTÉM TRAJETÓRIA DE RESULTADOS POSITIVOS E INICIA UMA NOVA FASE APÓS ACORDO DE ACIONISTAS

Pelo quarto trimestre consecutivo, a Usiminas manteve a trajetória de recuperação e apresentou resultados financeiros positivos. A empresa, que está divulgando hoje (09/02) seu balanço relativo ao quarto trimestre de 2017, entra agora em uma nova fase a partir do anúncio, feito ontem pela Ternium e Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation (NSSMC), que põe fim a litígios envolvendo os acionistas da empresa. Conforme o balanço divulgado, a Usiminas registrou Ebitda Ajustado Consolidado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) positivo de R$ 450 milhões no último trimestre do ano passado e de R$ 2,2 bilhões no acumulado de 2017. No resultado acumulado do ano de 2016, o Ebitda Ajustado da empresa foi de R$ 660,4 milhões.

Com o resultado do último trimestre de 2017, a Usiminas atingiu no ano uma margem de Ebitda Ajustado da ordem de 20,4% contra os 7,8% contabilizados no ano anterior. No consolidado do ano de 2017, registrou lucro líquido de R$ 315,1 milhões, contra prejuízo líquido de R$ 576,8 milhões em 2016.

Ainda no 4T17, a empresa contabilizou uma receita líquida de R$ 3,1 bilhões, contra R$ 2,7 bi no 3T17, alta de 12,4% devido ao maior volume de vendas nas unidades de Siderurgia e Mineração, destacando-se o aumento de 7,3% no volume de aço vendido e de 287,3% nas vendas externas de minério de ferro. No acumulado do ano de 2017, a receita líquida foi de R$ 10,7 bilhões, contra os R$ 8,5 bilhões registrados em 2016, crescimento de 27% em função de maiores volumes de venda de aço e minério de ferro, bem como da elevação dos preços médios ao longo do ano.

Acordo entre acionistas

Com o acordo anunciado ontem, a Usiminas inicia agora uma nova fase em suas operações, respaldando o processo de retomada da companhia. Segundo o documento, foram estabelecidas novas regras para as relações dos acionistas e membros do grupo de controle da Usiminas e a adoção de todas as medidas necessárias para resolver e terminar amigavelmente as disputas legais pendentes em relação à companhia.

Entre as medidas informadas no comunicado, ficou determinado que cada uma das partes terá o direito de nomear o Presidente do Conselho e o Diretor Presidente (CEO) da companhia, respectivamente, por dois mandatos consecutivos de dois anos (quatro anos consecutivos cada). Em uma demonstração de apoio e confiança na atual administração, os controladores pretendem eleger o atual presidente Sergio Leite para permanecer no cargo para o mandato de maio de 2018 a abril/maio de 2020.

Em relação às disputas legais, os acionistas se obrigaram a adotar todas as ações e passos necessários para encerrar os litígios pendentes, judiciais ou administrativos, relacionados à Usiminas.

Liderança no Ibovespa

Para a Usiminas, o ano de 2017 foi marcado também pelos bons resultados no mercado de capitais – as ações ordinárias da empresa foram as que mais se valorizaram no Ibovespa no período e as principais agências globais de avaliação de risco – Standard and Poors, Fitch e Moody´s – elevaram a nota de crédito da empresa.

Segundo o presidente Sergio Leite, “os resultados apresentados pela Usiminas consolidam uma trajetória de recuperação iniciada após o segundo trimestre de 2016, graças a um trabalho focado da equipe Usiminas, com metas de gestão estabelecidas e voltadas, principalmente, para a geração de resultados, busca da excelência no atendimento aos clientes e melhoria do clima interno, entre outros”.

Produção e vendas

A produção de aço bruto na Usina de Ipatinga no quarto trimestre do ano passado atingiu 747 mil toneladas, ligeiramente inferior àquela registrada no trimestre anterior (3T17). Já a produção de laminados totalizou 1,1 milhão de toneladas no 4T17, a maior dos últimos oito trimestres, e de 4 milhões de toneladas no consolidado do ano. Um crescimento de 11,8% em relação à produção de laminados registrada em 2016, de 3,6 milhões de toneladas.

As vendas de aço, por sua vez, somaram 1,1 milhão de toneladas no último trimestre de 2017, com alta de 7,3% quando comparadas com o trimestre anterior (3T17). O mercado doméstico foi o destino de 82% das vendas totais da empresa no quarto trimestre. No consolidado do ano, o volume total de vendas atingiu a marca de 4 milhões de toneladas, contra os 3,7 milhões de toneladas registrados em 2016, uma alta de 10,2%.

Unidades de negócios

No segmento de transformação do aço, a receita líquida da Soluções Usiminas se manteve estável na comparação do quarto com o terceiro trimestre do ano, registrando R$ 667 milhões. Embora tenha havido um aumento do preço médio de 5,5%, houve menor volume de vendas e serviços no período. No 4T17, o Ebtida Ajustado da Soluções Usiminas foi de R$ 18,6 milhões. A margem de Ebtida Ajustado no período foi de 2,8% contra os 2,7% registrados no trimestre anterior. Com relação ao Ebtida Ajustado anual, a Soluções Usiminas contabilizou o maior índice de sua história, de R$ 101,1 milhões no ano passado, contra R$ 48,8 milhões em 2016, e margem de Ebtida Ajustado, de 4,0% em 2017 e de 2,6% no ano anterior.

Na unidade de bens de capital, os principais contratos no ano foram destinados para os setores de mineração, papel e celulose, óleo e gás, pontes, vagões e montagens industriais. No quarto trimestre do ano, a receita líquida nessa unidade de negócio, de R$ 50,7 milhões, foi inferior em 31,2% ao registrado no 3T17, principalmente em função da retração do mercado que levou à redução da carteira de projetos de equipamentos, estruturas e montagens em razão da estagnação de projetos nos setores de óleo e gás e infraestrutura no país. No consolidado do ano, a receita líquida ficou em R$ 287 milhões, contra os R$ 568,3 milhões do ano anterior.

O Ebtida Ajustado da área no 4T17 ano foi negativo em R$ 2,2 milhões, contra os R$ 25,5 milhões negativos do 3T17, em função da adesão ao Programa Regularize no 3T17, com o recolhimento de R$ 22,5 milhões ao Governo de Minas. Nesse caso, a margem de Ebtida Ajustado foi negativa em 4,3% no quarto trimestre, contra 34,6% negativa nos três meses anteriores. No acumulado do ano, a margem de Ebtida Ajustado foi de 11,6% negativa, contra 2,1% positiva em 2016.

No negócio Mineração, a Usiminas registrou nos três últimos meses de 2017 uma produção de 1,5 milhão de toneladas contra 1,1 milhão no 3T17. No consolidado do ano passado, o volume de produção atingiu a marca de 4 milhões de toneladas, volume 44% superior ao de 2016, principalmente em função da retomada das operações de duas plantas da Mineração Usiminas, Mina Leste e Flotação. As vendas foram de 3,7 milhões de toneladas no ano, aumento de 14,6% atribuído a retomada das exportações ocorrida no terceiro trimestre do ano.

Ainda no que diz respeito a esse negócio, a receita líquida registrada no 4T17 foi de R$ 205,9 milhões, com crescimento de 69,6% quando comparada àquela registrada nos três meses anteriores, de R$ 121,4 milhões. Assim, o Ebitda Ajustado atingiu R$ 41,4 milhões no quarto trimestre, contra os R$ 26,6 milhões do 3T17, uma elevação de 55,9%. Já a margem do Ebtida Ajustado na Mineração foi de 20,1% no 4T17, contra 21,9% no trimestre anterior.

Ano para ser lembrado

Ao contrário das empresas que enxergam 2017 como um ano para ser esquecido, o presidente Sergio Leite afirma que, para a Usiminas, é um ano para ser lembrado sempre. “Foi o ano que a Usiminas completou 55 anos de operação e viu sua história dar uma nova guinada. Até então, sofríamos as consequências das duras crises no mercado do aço e na economia brasileira, que quase levaram a companhia a uma situação extremamente crítica. Para esse ano de 2018, vamos manter nossa estratégia focada sempre na busca de resultados sólidos e sustentáveis para a Usiminas”, afirma.

 

 

 

 

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