Por Tébis Oliveira
Administrador de empresas, o catarinense Lair Hanzen é, hoje, um dos maiores especialistas brasileiros em fertilizantes. Com uma carreira solidamente construída em empresas do setor, chega aos 50 anos de idade em uma posição de destaque na Yara International, líder mundial na produção de nutrientes agrícolas. Não só é o presidente da Yara Brasil desde 2013 como, em fevereiro de 2016, tornou-se o vice-presidente sênior do conglomerado. E o único brasileiro e primeiro não europeu a ter assento na mesa da diretoria. Na Noruega.
O outro lado – literalmente, no caso – são as longas viagens, as diferenças culturais que, em se tratando de Brasil, não se resumem à língua, e uma agenda de reuniões que obedece ao fuso horário do reino nórdico: quatro horas a mais, sem contar o horário de verão, que começa em março.
A queda dos preços de fertilizantes impactou negativamente os resultados do quarto trimestre de 2016 da Yara International. O prejuízo líquido do grupo foi de US$ 40,12 milhões contra o lucro de US$ 50,30 milhões em igual período do ano anterior. Mesmo com o aumento de 15% nas vendas e de 11% na produção de fertilizantes alcançados pela empresa.
Esse balanço, no entanto, não deve comprometer os planos das operações no Brasil. Nesta entrevista exclusiva a In the Mine, além de uma aula sobre a dinâmica do mercado de fertilizantes nacional e global, Hanzen fala da estrutura atual da Yara Brasil, dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento e da primeira investida do grupo em verticalização – o projeto Serra do Salitre (MG), de produção de rocha fosfática, herdado da Galvani e em ritmo acelerado. Para 2020, ainda, diz o executivo, também o projeto Santa Quitéria (CE), de fosfato e urânio, em parceria com a INB (Indústrias Nucleares do Brasil), será colocado em implantação.
Faça o download do pdf com a íntegra da entrevista publicada na edição 65 da In The Mine