OS CHINESES E A CONQUISTA DO ESPAÇO

OS CHINESES E A CONQUISTA DO ESPAÇO

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Por Wilson Bigarelli

Em abril de 2017, o navio divino chega ao Palácio Celestial ou, em termos mais materiais, o cargueiro chinês Tianzhou-1, com capacidade de 6 toneladas, entra em órbita e se acopla ao laboratório espacial Tiangong-2 – que está circulando o planeta, a 380 km de altura, desde setembro do ano passado. Tanto que já recebeu em outubro a visita da nave Shenzhou-11, com dois taikonautas (como os astronautas são chamados na China) a bordo, para um pernoite de 30 dias.

Tiangong-2 é o sucessor do Tiangong-1, que deve ser consumido pelas chamas (é o que se espera) no segundo semestre deste ano, quando cair na Terra. Mas é só um laboratório de testes, até 2022, quando dará lugar a outro, a Tiangong-3 – aí sim, a estação espacial 100% chinesa.

Três anos depois, em 2025, está programado o desembarque em solo lunar dos taikonautas e, para isso, estão sendo feitos alguns preparativos. Fora imagens de satélite – que os chineses até postaram no youtube, coloridas e em alta definição – a Lua irá receber uma nova sonda, em novembro próximo, a Chang’e-5 (sucedânea da Chang’e-3 com seu simpático jipinho Yutu, que alunissaram em 2013) para recolher amostras. Em 2018, outra sonda, a Chang’e-4, descerá no lado escuro da Lua.

Em terra, inspirados pelo carismático Ouyang Ziyuan, o primeiro cientista-chefe do programa de exploração lunar da China, cinco universidades e institutos de pesquisa já criaram os padrões para o mapeamento digital e o desenho da estrutura geológica do nosso satélite. O objetivo final é criar, até 2020, um grande mapa, de 4,36 por 2,2 m, na escala de 1: 2.500.000, com informações sobre geologia, estrutura e tipos de rochas e refletirá a cronologia da evolução da Lua.

 

 

 

 

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