A Wirex Cable, líder no fornecimento de cabos de energia para máquinas móveis utilizadas em mineração, acaba de lançar um novo modelo para atender a esse mercado. Trata-se do condutor Extreme, de baixa tensão (3,6/6 kV a 12/20 kV), que além de possibilitar a alimentação elétrica de grandes equipamentos, como escavadeiras, retomadoras de rodas de caçamba, carretas de perfuração e outros, conta com núcleo de fibra óptica, para suportar a comunicação de dados envolvida na sua operação. “Cada vez mais, esses equipamentos incorporam sistemas de monitoramento e controle que exigem sua conexão a redes de dados de alta capacidade”, diz Mariana Kokron, gerente de marketing e planejamento da Wirex Cable.
No passado, a empresa liderou o mercado de cabos de transmissão de energia com núcleo de fibra óptica, porém no segmento de linhas de alta tensão, os chamados cabos OPGW. “Saímos dessa área, que abrange as empresas de energia elétrica, bem como do segmento de cabos para construção civil, pois focamos em produtos com tecnologia agregada, voltados para os mercados de óleo e gás, portos, logística, mineração e indústrias”, diz Mariana. Segundo ela, esses usuários demandam cabos resistentes a arrastes e torções gerados nos enroladores dos sistemas móveis, bem como a agressões como cortes, abrasão, óleos e intempéries.
No setor de mineração, que responde por cerca de 20% do faturamento da empresa, ela cita o atendimento a empresas como a Vale, que emprega seus cabos para a alimentação elétrica de escavadeiras e outros equipamentos de grande porte. “Como operam em ambientes severos, com muita umidade e em situações que são constantemente tensionados, enrolados e desenrolados, esses cabos estão sujeitos a rupturas e danos que podem comprometer sua operação.” Mariana afirma que a tecnologia empregada na construção dos cabos proporciona maior vida útil ao produto.
“Em geral, eles atingem uma durabilidade de até cinco anos, mas tudo depende das condições de operação e da agressividade do ambiente”, explica a executiva. Isto se deve à utilização de composto elastomérico à base de poliuretano na cobertura, além da substituição da tradicional blindagem metálica em malha de cobre por uma fita semicondutora enfaixada. Os cabos podem ser fornecidos com ou sem fibra óptica, de acordo com projetos especificados para cada necessidade. Além do mercado de mineração, Mariana vislumbra oportunidades para o produto em equipamentos portuários, como guindastes, bem como em pórticos, pontes rolantes e sistemas de sinalização em ferrovias.